NORMALISTAS EM RETRATO SEM RETOQUES: ESTUDOS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ENSINO MÉDIO
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Educação, Linguagem e Cultura; Políticas Sociais BR UEPB Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Sociedade |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2051 |
Resumo: | As demandas atuais para a educação e o perfil esperado do educando procedente da educação básica vêm colocando questões à formação e à prática de professores. Especialmente para os que trabalham com a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, questiona-se a propriedade da sua formação em nível médio, apontando-se para o nível superior como o necessário para essa formação. Neste contexto, estuda-se a formação de professores(as), levada a efeito em uma escola normal de Campina Grande (PB). A pesquisa molda-se como estudo de caso, com abordagem qualitativa, desenvolvida de novembro (2005) a junho (2006). Seu objetivo é apreender a formação que se processa nessa escola, tanto do ponto de vista teórico quanto prático, quanto ainda de contribuição ao processo identitário dos(as) futuros docentes. Privilegiam-se documentos escolares e oficiais, assim como discursos de normalistas e professores(as) formadores(as). Os discursos são coletados através de entrevistas, lidos e sistematizados com análise de conteúdo. Os documentos são interpretados, observando-se seus direcionamentos à qualidade da formação. O estudo registra os seguintes pontos da formação: a identidade profissional, mesmo tendo como espaço legítimo de construção a efetiva prática docente, configura-se difusa e descontinuamente no processo de formação, ora afirmando, ora negando, ora pondo em questão traços marcantes do professor na(o) normalista. Tanto a persistência em formar-se professor(a), quanto o idealismo e o contato com conhecimentos técnicos da docência incorporados ou reclamados, quanto ainda a defesa da profissão, entre outros aspectos detectados, são tomados como indicadores do processo identitário da profissão docente, em marcha na formação. Esta consideração leva em conta a identidade, não como algo fixo, descoberto ou adquirido em um único tempo, mas como processo em marcha. A formação específica para a atuação do professor aparece, nos discursos dos(as) normalistas, como incipiente e denunciada como fonte de inquietações sobre a eficiência do trabalho futuro. Críticas à formação prática no que tange aos estágios e às competências, não desenvolvidas para uso de recursos tecnológicos no ensino, são recorrentes. É forte, nesse discurso, o enaltecimento à educação, através da força do amor aos alunos e à profissão. Alusões ao desenvolvimento da consciência crítica do(a) professor(a), como elemento da formação profissional são silenciadas, podendo-se observar, entretanto, pequenas críticas a situações próximas, referentes à ação da escola ou do professor. As habilidades intelectuais, consideradas recorrentes no trabalho escolar, nucleiam-se na audição e exposição, silenciadas as que demandam comentários, críticas, articulação do pensamento próprio, reflexão em estudo, entre outras. Os documentos escolares privilegiam a prática como eixo de formação. Com o apoio dessas fontes, além de outras, tece-se um todo que evidencia traços da formação desenvolvida na escola estudada. A relevância do estudo se expressa em reunir dados sobre/da formação atual do magistério, na modalidade Normal, que podem alimentar, na Paraíba, discussões, reflexões e posicionamentos sobre esse ensino. |