O uso de benzodiazepínicos em populações paraibanos: a influência das relações de parentesco
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2556 |
Resumo: | A endogamia é uma tradição mantida em populações do nordeste brasileiro e está associada à manifestação de distúrbios psiquiátricos como os transtornos de ansiedade, usualmente tratados com benzodiazepínicos. Nesta dissertação, foram realizadas duas revisões integrativas da literatura sobre uso de psicofármacos e benzodiazepínicos em diferentes populações. A partir desses achados e de um estudo-piloto, foi desenvolvido um roteiro de entrevista estruturado para investigar, em uma população de 4.543 habitantes, se havia maior prevalência de usuários de benzodiazepínicos na prole de casais consanguíneos. Estimou-se que 4,2% dessa população eram usuários desses medicamentos; sendo que, neste grupo (n=151), 107 (70,9%) eram filhos de casais não consanguíneos e 44 (29,1%) tinham pais aparentados; já no grupo de não usuários (n=251), esses valores foram 177 (70,6%) e 74 (29,4%), respectivamente; não sendo observada, portanto, diferença significativa entre os dois grupos (p=0,94). O perfil dos usuários era de mulheres (70,9%), idosas (43,7%) e aposentadas (52,3%). A insônia (25,8%), o ―nervosismo‖ (21,9%) e ansiedade (20,5%) foram as principais motivações para o início da utilização desses medicamentos. A maioria (97%) dos usuários não possui laudo com diagnóstico clínico e faz uso crônico com média de utilização de 8,2 ± 8 anos; um quarto deles não realizou nenhuma consulta médica nos últimos doze meses. A dependência foi verificada em 24,5% dos usuários e 35% dos idosos fazem uso impróprio desses medicamentos, considerando o critério Beers. Estimou-se que no Estado da Paraíba, anualmente, sejam investidos trinta milhões de reais para financiar a aquisição desses medicamentos; e que o uso desses medicamentos não está relacionado à perda da capacidade laboral. |