A escrita da voz e do nome: Sócrates e Meleto na Apologia de Platão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Freire, Antonio de Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2727
Resumo: Esta pesquisa cujo título é “A escrita da voz e do nome: Sócrates e Meleto na Apologia de Platão” estuda a Apologia de Sócrates, bem como os prefácios sobre esta obra, estuda a questão do nome em suas significações e a ambivalência de Sócrates e Meleto perante o Estado. Parte do princípio de que Meleto é peça fundamental para se entender o enredo da Apologia escrita por Platão e observa esta narrativa literária analisando Meleto e Sócrates, ora como “máquina de guerra” ora como exímios representantes do Estado em seus interesses políticos, jurídicos e religiosos. Este estudo não se furta de observar de que forma Sócrates e Meleto aparecem nos prefácios escritos sobre a Apologia à qual narra a condenação de Sócrates em 399 a. C., na cidade-Estado, Atenas, nesta narrativa se estuda a tensão estabelecida a partir do diálogo entre a escrita, a voz e a oralização desta escrita, principais suportes midiáticos ou tecnologias de inteligência que integram a vida literária destes protagonistas. Discute o percurso transitivo da voz à escrita neste diálogo a fim de esclarecer o motivo da voz de Meleto ser a que menos aparece na Apologia. Chama a atenção para se entender como a voz de Meleto surge nesta narrativa que comporta suportes teóricos cujas semioses interculturais esclarecem a relação de poder estabelecida em função do que dizem e pensam os prefaciadores diante do dualismo apatia/empatia em relação aos personagens da Apologia. A denúncia contra Sócrates foi impetrada pelo viés da escrita de Meleto e o confronto das defesas e acusações mútuas ocorreu através de suas vozes em diálogos posteriormente transcritos pela escrita de Platão. Neste sentido, pode-se entender que a voz na Apologia realiza dois tipos de oralidades, uma originada do empirismo do que não está registrado ou dito e, a outra, oriunda do conhecimento midiatizado e intermediado pela tradição escrita. Esta narrativa é imprescindível para os estudos da Crítica Literária pela rica fonte Semiótica presente em suas interfaces, às quais, vão da mídia da voz à mídia da escrita. A análise teve sua base teórica fundamentada em: Platão, Xenofonte, Genette, DidiHuberman, Maingueneau, Bakhtin, Bourdieu, Deleuze-Guatarri, Le Goff, Zumthor, Peirce, Saussure, Santaella, Derrida, Spivak, Justino, Pierre Lèvy, Rancière, Barthes, Ginzburg e Moisés.