Releituras dos primórdios da colonização de Angola nos idos do século XVII em A rainha Ginga, de Agalusa a A sul. o sombreiro, de Pepetela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gonçalves, Jéssica Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3428
Resumo: Os romances históricos desempenham o importante papel de apresentar, por meio do olhar ficcional do autor, releituras da história, que, por vezes, foi contata apenas por um ponto de vista, que desconsidera, por exemplo, as multiplicidades envolvidas em todo processo histórico. Dar voz a subjugados, portanto, é uma das possibilidades que essa modalidade narrativa possibilita, como ocorre nos romances históricos A rainha Ginga e de como os africanos inventaram o mundo (2014) e A sul. O sombreiro (2012), da autoria dos angolanos Agualusa e Pepetela, respectivamente. Diante disso, esta pesquisa tem por objetivo traçar uma leitura das duas narrativas mencionadas, tendo como foco perceber como os protagonistas de ambos os enredos são representados, ou seja, quais processos estéticos estão implicados nessas representações, bem como a maneira pela qual são delineados os temas da escravidão, do anticlericalismo e da presença dos jagas nas narrativas, enquanto artifícios para a construção de contranarrativas. Para isso, apresentam-se discussões propostas por críticos literários sobre aspectos como o diálogo entre a Literatura e a História, presente em todos os textos, principalmente nos romances históricos, que desempenham o importante papel de resgate do passado. Também se ressaltam conceitos e discussões sobre as contranarrativas, textos que se contrapõem ao discurso hegemônico, e o próprio ato narrativo, evidenciado pelos formatos de narração dos romances. As análises são baseadas nos pressupostos teóricos de autores como: Dal Farra (1976), Weinhardt (2011), Veyne (1998), Albuquerque Junior (2007), Heywood (2017), Fonseca (2012), Mata (2012), (2014), Martins (2014), entre outros.