"Menino, eu sou é homem!" (?): aspectos constitutivos do masculino em uma análise de Onze, de Bernardo Carvalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Campos, Bruno Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2522
Resumo: Considerando as mudanças presentes nas relações de gênero da sociedade contemporânea, percebe-se que novas representações surgem no campo da literatura e das artes em geral. Tomando como corpus analítico quatro contos do livro Onze – uma história (1995), de Bernardo Carvalho, o trabalho ora concluído teve como objetivo averiguar o modo como os personagens masculinos do texto eleito para análise são apresentados e observar, ao mesmo tempo, o modo como eles representam a quebra do “padrão heterossexual” e/ou sinalizam o possível surgimento de um “novo modelo” de homem, surgido no final do século XX e início do século XXI. Observa-se também a transformação da própria ideia de masculinidade na sociedade atual, conceito que adquiriu, no cenário hodierno, uma feição pluralizada – uma vez que a ideia de “supermacho” vem sendo questionada, abrindo espaço para que o homem se expresse através de comportamentos diversos daqueles ditos “tradicionais” ou, em juízo mais estrito, compatíveis com a sua “posição” na sociedade. Sob a ótica evidenciada, realizou-se uma análise que privilegiou algumas perspectivas de leitura do comportamento masculino nas sociedades antigas e atuais, manifestas na literatura, como, por exemplo, as ponderações de Silva (2004), Bourdieu (2003), Castells (1999), Nolasco (1993, 1995), Tolson (1983), Seixas (1998), Colling (2004), Gordon (2002), dentre outros. Concluiu-se que o fato de a representação dos sujeitos ficcionais homens presente nos textos anteriores à Revolução Cultural de 1960 / 1970 não comportarem mais a “realidade” deste “homem modificado” fez com que o exame da obra de Carvalho adquirisse relevância, por enfocar os novos paradigmas do masculino em construção no seu discurso literário.