Mortalidade do bicudo em algodoeiros irrigados por gotejamento e aspersão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Faustino, Rayanne Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias - PPGCA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3888
Resumo: O bicudo, Anthonomus grandis Boheman (Coleoptera: Curculionidae) é considerado a principal praga do algodoeiro no Brasil. Sabe-se, no entanto, que os estágios imaturos do bicudo são vulneráveis a fatores climáticos adversos, como elevadas temperaturas e baixa umidade do solo, os quais atuam desidratando os botões florais caídos ao solo e ocasionando elevadas taxas de mortalidade nos diferentes estágios de desenvolvimento do bicudo que se encontram abrigados no interior dessas estruturas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a mortalidade do bicudo do algodoeiro em sistemas de irrigação por gotejamento e aspersão. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Entomologia da Embrapa Algodão e nos campos experimentais desta instituição, localizados em Campina Grande, PB e Barbalha, CE. O delineamento experimantal foi de blocos ao acaso com dois tratamentos: (1) algodoeiros irrigados por gotejamento e (2) algodoeiros irrigados por aspersão, distribuidos em dezesseis repetições. A unidade experimental foi constituida por uma gaiola de emergência de adultos do bicudo, contendo 37 botões florais com orifícios de oviposição, brácteas abertas e amarelecidas, instalada entre duas fileiras de algodão por sistema de irrigação. Foram determinados o número médio de bicudos emergidos dos botões florais e as causas de mortalidade das diferentes fases de desenvolvimento dos bicudos que não emergiram dos botões florais, em cada tratamento. Foram construídas, também, tabelas de vida de terceiras gerações do bicudo, utilizando-se dados de mortalidade natural registradas nos tratamentos de irrigação por gotejamento e aspersão e quantificados as taxas de mortalidades real, aparente e indispensável e o poder letal de cada causa de mortalidade. Os resultados demonstraram que: (1) não há emergência de adultos do bicudo dos botões florais com orifício de oviposição na superfície do solo no gotejamento; (2) o número de bicudos adultos emergidos dos botões florais com orifício de oviposição na superfície do solo por gaiola na aspersão foi maior que aqueles emergidos dessas estruturas vegetais no gotejamento; (3) a maior contribuição para as causas de mortalidade natural do bicudo foi devido à dessecação em ambos os sistemas de irrigação, seguido pelo número de ovos inviáveis; (4) a combinação de elevadas temperaturas e baixas umidades relativas do solo registradas em ambos os tratamentos é responsável pelas elevadas taxas de mortalidade por dessecação de ovos e larvas do bicudo do algodoeiro; (5) a mortalidade por dessecação apresentou o maior poder letal (Kxc) dentre as causas de mortalidade dos estágios imaturos do bicudo no interior dos botões florais em ambos os sistemas de irrigação e (6) O sistema de irrigação por gotejamento pode ser utilizado em áreas cultivadas com algodão no semiárido brasileiro para controlar o bicudo.