A cultura estratégica do Japão durante o segundo Governo de Shinzo Abe (2012-2020)

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Oliveira, Maria Gabriela Galindo de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba; Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - CCBSA; Brasil; UEPB; Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais - PPGRI
• Palavras-chave em Português: Cultura estratégica; Japão; Shinzo Abe; Política de segurança do Japão; Strategic Culture; Japan; Japan security policy; CIENCIAS HUMANAS
• Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3735

Esta dissertação tem como objetivo principal identificar a cultura estratégica do Japão durante o segundo mandato de Shinzo Abe entre os anos de 2012 e 2020. Shinzo Abe foi responsável por mudanças inéditas na política de segurança do Japão enquanto atuava como PrimeiroMinistro. Estas transformações fortalecem o país militarmente de forma não vista desde a Segunda Guerra Mundial e afastam-se dos valores pacifistas defendidos na Constituição de 1947. Para analisar este fenômeno à luz da teoria da cultura estratégica, divide-se a pesquisa em três capítulos. O primeiro capítulo define cultura estratégica, trazendo as discussões e pesquisadores mais importantes da área. O segundo capítulo detalha as principais medidas tomadas por Shinzo Abe entre os anos de 2012 e 2020 na área de segurança e defesa do Japão. O terceiro capítulo analisa o governo de Abe à luz da cultura estratégica e dos fatores que a influenciam. Através de um estudo de caso com a observação de dados específicos relacionados com a teoria da cultura estratégica e o governo de Shinzo Abe, percebe-se que o Japão vive um momento de mudança em sua cultura estratégica, afastando-se do pacifismo adotado desde 1945. Shinzo Abe é responsável por esta mudança, mas conta com o apoio do seu partido, o Partido Liberal Democrático, e de grande parte da Dieta Nacional do Japão. A opinião pública japonesa também se torna favorável aos planos de Abe após a percepção de ameaça cada vez maior vinda da ascensão chinesa, dos testes de mísseis da Coreia do Norte, das tensões com a Coreia do Sul, e da dependência dos Estados Unidos para garantir a segurança nacional do Japão.