O uso do termo Mercosul no discurso diplomático do 1º Governo Dilma Rousseff (2011-2014) como meio para a inserção internacional do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bezerra, Vinicius Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - CCBSA
Brasil
UEPB
Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais - PPGRI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2989
Resumo: O Mercosul, no decorrer de sua história, passou por momentos de euforia e de preocupação. Durante a euforia, o Bloco regional conseguiu proporcionar aos membros um aumento no fluxo comercial e inserir suas economias de forma mais competitiva no contexto da globalização. Durante a preocupação, os sócios se utilizaram do protecionismo para enfrentar a crise e geraram desconfianças em relação ao Bloco, devido, especialmente, a relação entre o Brasil e a Argentina. A partir do final dos anos 1990, ambos resolveram revitalizar o Mercosul com o intuito de ampliá-lo, ou seja, passar do escopo econômico para também, político, cultural e social. O Mercosul, portanto, deve ser entendido como um processo em constante aperfeiçoamento. A diplomacia brasileira, nesse contexto, estabeleceu uma relação estratégica com a Argentina ao perceber que, se não há concertação entre ambos, o projeto brasileiro para a integração regional não avança. O Brasil incentivou a constituição do espaço sulamericano tendo o Mercosul como núcleo dessa política. Para tanto, buscou a construção de uma identidade regional como forma de estimular a concertação política entre os Estados, a cooperação e o desenvolvimento, mas sem deixar de lado os princípios orientadores da política externa brasileira: a autonomia e o universalismo. A partir da ideia de círculos concêntricos, o Brasil se firmou com a Argentina, colocou o Mercosul no núcleo e se articulou com outras instâncias regionais com o objetivo pragmático de inserção internacional. Ao analisar os discursos proferidos pela presidente da República, Dilma Rousseff, em seu primeiro mandato, é perceptível a intenção de que o Mercosul permaneça um instrumento para o Brasil alcançar parte de suas demandas internacionais. Com isso, a partir dos paradigmas da PEB, das concepções da teoria construtivista das Relações Internacionais e da metodologia da análise do discurso, a dissertação propõe, ao final, entender até que ponto a intenção brasileira no Mercosul serve para a consecução de seus objetivos internacionais.