A condição da mulher moçambicana em Ventos do Apocalipse, de Paulina Chiziane

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Luiza Benicio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4389
Resumo: Refletir acerca da literatura de autoria de mulheres moçambicanas é pensar nos espaços que essas escritoras ocupam, pois é a partir deles que os discursos de resistência e de oposição ao sistema hegemônico e patriarcal são construídos, na representação de contextos e personagens ficcionais que desnudam e problematizam os diversos aspectos da realidade social. A presente dissertação tem como objetivo analisar a condição da mulher moçambicana no romance contemporâneo Ventos do Apocalipse (2010), da escritora Paulina Chiziane, a partir da figura romanesca Emelina. Buscamos pensar, também, a escrita da autora na tentativa de visibilizar aspectos relevantes da sua produção literária, estabelecendo um diálogo com o corpus analítico. Os pressupostos teórico-metodológicos adotados para o desenvolvimento desta pesquisa partem de Alencar (2014), Alves (2018), Bahule (2018), Fanon (1968), Fonseca (2020; 2004), Foucault (2019), Freitas (2012), Gianini (2014), Macedo (2010), Mata (2014; 2001), Mendes e Santos (2016), entre outros. A história de Emelina recria e evidencia as consequências da Guerra Civil de Moçambique para a sociedade e para o gênero feminino; este, silenciado e impactado pela violência física e psicológica, o que ocasiona a condição de loucura e a paixão desvairada que desvanece o amor materno. Nessa perspectiva, Paulina Chiziane, ao tomar o feminino como foco de discussão, busca dar voz ao sujeito subalternizado e colonizado no destaque da conjuntura social que historicamente marginaliza, questionando a dominação masculina que fortalece a opressão e expondo o sofrimento oriundo da invasão, da guerra, da fome, da loucura e da colonização.