Cooperação internacional como instrumento para acolhida humanitária de refugiados e migrantes venezuelanos em João Pessoa, PB (2019-2020)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - CCBSA Brasil UEPB Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais - PPGRI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4314 |
Resumo: | Novas ondas migratórias surgiram no sistema internacional a partir do século XXI e, diferentemente do padrão anterior – de deslocamento Sul-Norte –, a migração Sul-Sul se consolida como um processo amplo de migrações transnacionais (Baeningeret al., 2018), incluindo as migrações venezuelanas. Multicausal, o deslocamento forçado de venezuelanos tem impacto direto no cotidiano das cidades nas quais se instalam. No Brasil, já é possível percebê-los nas cinco macrorregiões, com destaque para o Sul e o Sudeste. O Nordeste, embora com poucos venezuelanos interiorizados, também sente o impacto dessa onda migratória. Dentre os estados nordestinos que, proporcionalmente, receberam mais venezuelanos, a Paraíba se sobressai, com destaque para João Pessoa, a capital do Nordeste que mais recebeu venezuelanos interiorizados por meio da Operação Acolhida. Incluídos nessa dinâmica de deslocamento, observam-se também indígenas warao, como um novo desafio às autoridades, devido às suas particularidades culturais em relação aos venezuelanos não indígenas. Nesse aspecto, a pesquisa objetiva verificar a eficácia das atividades de cooperação internacional com fins de acolhida humanitária aos migrantes e refugiados venezuelanos (warao e não indígenas) em João Pessoa, entre 2019 e 2020, ou, ainda, se há correlação entre cooperação e acolhida humanitária, além de um estudo de política comparada em um período típico e um atípico, devido à pandemia da Covid-19. Para isso, foram elaborados indicadores para medir a necessidade dessa eficácia, com resultados demonstrados numericamente. Como resultado, por meio do índice de Acolhida Humanitária (IAH), foi possível constatar que a cooperação internacional é eficaz no processo de acolhimento humanitário a migrantes e refugiados venezuelanos em João Pessoa, sendo necessário que seja melhorada e fortalecida. Foi também possível observar um forte grau de correlação entre Cooperação Internacional e Acolhimento Humanitário, com índice de correlação igual a 0,78. Além disso, antes e durante a pandemia, a cooperação se mostrou eficaz e o índice aumentou para o período durante a pandemia, mostrando que ela continua boa, porém as vulnerabilidades foram ampliadas nesse período, necessitando de um maior acolhimento. |