A escrita de si em A Cor Púrpura, de Alice Walker e Diário de Bitita, de Carolina Maria de Jesus
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2819 |
Resumo: | Nas últimas décadas, ocorreu uma proliferação de estudos sobre as narrativas introspectivas em detrimento dos grandes acontecimentos sociais e históricos. Um amplo campo compreende essas narrativas que internalizam as escritas do eumemórias, cartas, diários, autobiografias, autoficção. Levantando a importância do gênero confessional como meio de resgatar a memória expressa nas obras, apontamos a trajetória de Celie e Bitita, respectivamente dos romances de Alice Walker e Carolina Maria de Jesus, como processo de construção da identidade da mulher negra em seus contextos históricos e sociais, os Estados Unidos e o Brasil. A presente pesquisa recorre às contribuições de Michel Foucault (2004), Georges Gusdorf (2012), Philippe Lejeune (2014), entre outros. Compreenderemos, no decorrer da pesquisa, a trajetória e o resgate da escrita da memória a partir das suas implicações históricas e culturais, ao nos debruçarmos sobre a escrita confessional das autoras escolhidas. Apontaremos as configurações em volta da escrita de si como práticas de cuidado manifestadas pelo instinto de narrar o ‘eu’, essa tessitura fragmentada, porém dinâmica. Tanto Alice Walker quanto Carolina Maria de Jesus são conscientes de sua funcionalidade como escritoras. Assim, elas constroem narrativas reelaborando acontecimentos, pois seu grande interesse é reconhecer, pelas memórias, a presença da alteridade e da autonomia nessas escritas de si. Ao longo deste estudo, convencemo-nos de que a escrita desse ‘eu’ resistirá e será eternizada no papel. Desse modo, as cartas e os diários serão escritos solitariamente, como práticas da ascese, mas, indubitavelmente, ressignificarão as memórias individuais e coletivas. |