Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rafael Ramos da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10189
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Resumo: |
Resumo: O objetivo desta pesquisa consiste em investigar a possibilidade que Schopenhauer guarda para aquilo que chamamos de “aprimoramento de conduta moral” de forma conscientemente ponderada Considera-se este um problema relevante para o pensamento schopenhaueriano na medida em que a estrutura metafísica do mundo resguarda a liberdade como uma condição inteligível da Vontade como coisa-em-si, e que condena a vontade humana, empírica e individual, considerada como o caráter do homem, ao princípio de causalidade que rege todas as coisas; assim, fazendo da ação humana o resultado da estrutura moral dada a ele pela natureza e dos motivos que se apresentam a ele como objetos representados – o que faz também da escolha uma simples ilusão onde o sujeito pensa estar escolhendo quando na verdade estaria apenas observando o conflito dos motivos para que aquele que melhor se adequa ao caráter moral seja tomado como causa da ação praticada Por outro lado, Schopenhauer concebe ainda a noção de caráter adquirido como forma segundo a qual o caráter moral do homem se expõe da maneira mais adequada, dando a entender, assim, que haveria um equívoco em pensarmos a conduta humana como simples resultado de uma equação entre inclinações do caráter inteligível e motivos abstraídos pelo conhecimento Além disso, a noção de caráter adquirido aparece como uma explicação fundamental para a recusa de Schopenhauer do argos logos – crença turca ou fatalismo turco –, isto é, a crença segundo a qual se não há uma autoria consciente sobre nossas ações o mais correto seria que cada indivíduo se lançasse sobre quaisquer inclinações, pois não haveria sentido lutar contra elas quando, na verdade, não estaria sobre nosso poder escolher quem somos e nem mesmo como vamos agir A proposta que trazemos neste texto é de que o problema do sentido de nossos esforços em relação à nossa conduta de vida vai muito além do argumento de Schopenhauer contra a limitação da crença turca por ela não considerar a falta de conhecimento que um indivíduo tem acerca da própria estrutura moral, o que inviabilizaria o abandono dos nossos esforços contra inclinações Nas páginas que se seguem, argumentamos que há uma hipótese afastamento do fatalismo também porque a proposta dos Aforismos para a sabedoria de vida pode conter elementos de continuidade em relação à metafísica da Vontade, em especial à doutrina do caráter adquirido, que permitem não apenas que não se abandone os esforços contra inclinações, mas que permitem pensar ainda a possibilidade de que o autoconhecimento represente a possibilidade de aprimoramento da conduta individual em relação a uma conduta irrefletida e não ponderada |