Preditores ecológicos da atividade física nas capitais brasileiras : 2006-2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cavazzotto, Timothy Gustavo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16823
Resumo: Resumo: A prática insuficiente de atividade física (AF) e tempo sedentário ininterrupto são fatores de risco para doenças graves não transmissíveis, morbidade e mortalidade prematura, com alto nível de evidência Comparativamente, o conhecimento sobre os determinantes mais importantes e modificáveis destes comportamentos é ainda frágil e questionável A AF pode ser modulada por multifatores em diferentes níveis de observação, que variam de escalas microbiológicas até ecológicas, o que gera uma certa dificuldade na compreensão integral dos possíveis determinantes Isoladamente, os principais resultados, características de ambiente construído, criminalidade, aspectos motivacionais, características biológicas e genéticas, são correlatos e determinantes da AF Contudo, a compreensão integral que permite explorar as interações entre os determinantes é inviabilizada nos atuais modelos analíticos empregados Portanto, o objetivo do presente estudo foi elaborar um modelo ecológico com capacidade de predição integrativa da atividade física e comportamento sedentário de adultos nas capitais brasileiras entre 26-216 Em segundo plano, três modelos preditivos foram comparados, um modelo ecológico linear, um modelo logístico e um modelo de Rede Bayesiana O modelo final foi obtido a partir do melhor resultado preditivo, caracterizado por análises de acurácia e precisão Para isso, foram empregados bancos de dados nacionais disponíveis online, totalizando 47 macropreditores e 18 micropreditores e categorizadas em oito subclasses: Ambiente construído; Clima; Política; Social; Demográficos; Nutrição; e duas subclasses de desfechos Atividade física (quatro variáveis); Comportamento Sedentário (duas variáveis) Do total de 572477 sujeitos, após limpeza dos sujeitos com dados incorretos ou ausentes e retirada dos idosos (sujeitos com idade autorrelatada acima de 6 anos) a amostra final foi composta por 393648 adultos residentes nas capitais brasileiras, participantes da pesquisa VIGITEL entre 26 e 216 Estes dados foram harmonizados e analisados no software R utilizando pacotes específicos O modelo linear foi obtido pela aplicação de uma regressão linear hierárquica O modelo logístico foi obtido pela aplicação de regressão logística para amostras complexas E a modelagem de Rede Bayesiana foi aplicada utilizando os pacotes “bnlearn” no software R Todo o procedimento foi validado por métodos de reamostragens (“Bootstraping”) Os três modelos foram operacionalizados para gerar resultados preditivos para cada desfecho De modo geral, homens atenderam a recomendação para AF no tempo livre com prevalência 5% maior que as mulheres no período Contudo, ambos os sexos apresentaram aumento no período, cerca de 3,5% ao ano Em relação a disparidade entre os sexos, as mulheres apresentaram prevalência 4% maior para realização de atividade domiciliar A capital com maior prevalência de adultos completando 15 minutos de atividade física no tempo livre foi Brasília (32% de prevalência), e a menor São Paulo (11% prevalência) Resultados alarmantes mostraram que há uma diferença expressiva no investimento em esporte e lazer com variação entre R$ , e R$ 117, anuais por pessoa Entretanto, de modo geral este investimento cresceu 76% no período, demonstrando a preocupação crescente com as estratégias preventivas para saúde da população Em relação aos modelos preditivos, os modelos linear e logístico apresentaram desempenho preditivo menor que o modelo de rede, contudo, apresentaram maior volume de variáveis preditoras significativas para cada desfecho O modelo final, portanto, foi composto pelo modelo de Rede Bayesiana Sexo, região e consumo regular de frutas foram os preditores proximais da atividade física no tempo livre Em nível distal ou indireto, a AF no tempo livre foi ainda influenciada por: expectativa de vida de homens; proporção de mulheres; ocupados na área de atividade física; cobertura das estratégias de atenção básica; número de famílias com uma a dois salários mínimos; ano; consumo regular de hortaliças Os demais desfechos foram preditos especialmente por fatores individuais (micropreditores) Criminalidade apresentou relação indireta com a AF para mulheres controlado pelo aumento no número de profissionais atuantes na área de AF, esporte e lazer A umidade relativa do ar elevada é uma barreira nas regiões mais úmidas e nas regiões mais secas estimula a pratica regular de AF Para os homens, cidades com maior expectativa de vida ao nascer apresentaram maiores probabililidades de prática de AF Maior cobertura do SUS, e proporção de famílias com renda entre um a dois salários mínimos proprociona maiores probabilidades de AF tempo livre apenas nas regiões mais pobres do país O modelo de rede proporcionou uma visão ampla e interativa dos preditores da atividade física no tempo livre