Análise da interação entre mãe e a criança durante o atendimento odontológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Brandenburg, Olivia Justen
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8813
Resumo: Resumo: Um dos temas de grande interesse da Psicologia aplicada à Odontologia é a explicação do comportamento infantil de não-colaboração com o dentista Cerca de 25% da clientela infantil apresentam comportamentos não-colaborativos, o que pode ser compreendido pela presença de eventos aversivos no contexto odontológico Tais eventos passam a ser suportados pela criança quando se estabelecem repertórios de autocontrole e de seguir regras, os quais são aprendidos na primeira infância, principalmente no meio familiar Assim, o estudo da interação entre mães e filhos em consulta odontológica pode contribuir para compreensão das diferenças de comportamento entre as crianças na consulta Neste sentido, a presente pesquisa, baseada nos fundamentos da Análise do Comportamento, visou analisar a interação entre mães e crianças durante os atendimentos odontológicos Participaram do estudo: Vitória (5 anos de idade) com sua avó, Pedro (7 anos), Alice (3 anos), Davi (2 anos) e Lucas (2 anos) com suas mães Os participantes selecionadas foram as crianças que precisaram de tratamento odontológico cirúrgico Para cada díade, foi realizada filmagem da interação na sala de espera, na primeira consulta e na segunda Nos resultados, as duas crianças com mais idade, Vitória e Pedro, colaboraram e permaneceram calmas durante todo o tratamento Suas mães interagiram pouco, provavelmente porque essas crianças não precisaram de ajuda As três crianças mais novas apresentaram comportamentos não-colaborativos na primeira consulta, com freqüências variadas Alice e Lucas colaboraram no segundo atendimento, suas mães apresentaram os maiores índices de interação Davi foi a criança que apresentou mais tempo e maior intensidade de não-colaboração nos dois atendimentos, sua mãe foi a menos interativa Esses dados indicam que o comportamento das mães pode afetar o comportamento das crianças em atendimento odontológico Apesar de o comportamento infantil estar principalmente sob controle dos procedimentos odontológicos, as mães podem fornecer instruções e apoio para auxiliar seus filhos Além disso, a grande responsabilidade das mães parece estar no treino de repertórios complexos como autocontrole e seguimento de regras, os quais são fundamentais para o enfrentamento de contextos como o odontológico Os dados da presente pesquisa podem subsidiar o planejamento de orientações aos pais sobre formas adequadas e eficientes de se comportarem durante a consulta odontológica de seus filhos