Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Cínthia Renata Gatto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14753
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Resumo: |
Resumo: José Mena Abrantes (1945-) é um dos nomes mais importantes e atuantes da dramaturgia angolana da atualidade Neste trabalho, analiso suas peças de cunho histórico na perspectiva do pós-colonialismo, a saber: A órfã do Rei; Sem herói nem reino ou o azar da Cidade de S Filipe de Benguela com o fundador que lhe tocou em sorte; Sequeira, Luís Lopes ou o mulato dos prodígios; Kimpa Vita, a profetiza Ardente; Tari-Yari, misericórdia e poder no Reino do Congo e Ana, Zé e os escravos A discussão central é a ideia de que o raciocínio ocidental é marcado por binarismos por meio dos quais as sociedades têm explicado os mais diversos fenômenos, binarismos esses que anulam a multiplicidade de perspectivas a partir das quais é possível compreender tais fenômenos Nessa perspectiva, procuro refletir sobre como a dramaturgia de Mena Abrantes reescreve episódios da história de Angola a fim de desconstruir binarismos identitários oriundos do eurocentrismo O discurso imperialista centra-se em justificar o empreendimento colonial, alegando que os nativos são seres primitivos, carentes de civilidade e cultura O colonialismo, portanto, teria uma missão civilizatória, postulado que omite o caráter econômico do empreendimento e estimula preconceitos em relação ao nativo A estratégia colonial consistia em inferiorizar o outro para melhor dominá-lo, razão pela qual muitos dos preconceitos propagados pelo colonialismo perpetuaram-se no imaginário social e estão presentes no cotidiano dos países colonizados Nessas circunstâncias, reescrever a história é uma forma de resistência e uma possibilidade de desconstruir o discurso homogeneizador do imperialismo |