Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Simone Forcato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18435
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Resumo: |
A Sulfassalazina (SAS) é o fármaco de primeira linha no tratamento de doenças inflamatórias reumáticas e intestinais crônicas em mulheres grávidas e lactantes. Tanto a SAS quanto seus metabólitos atravessam a membrana placentária e assim chegam ao embrião/feto. Além disso, a SAS também pode ser transferido para o bebê através do leite materno. Sabe-se que o tratamento com SAS altera as concentrações de hormônios sexuais e induz infertilidade transitória, em homens e ratos adultos. No entanto, ainda não há estudos na literatura sobre as consequências a longo prazo para o sistema reprodutivo da geração F1 de ratas expostas a SAS durante os estágios iniciais de desenvolvimento. Assim, o objetivo do nosso estudo foi investigar os efeitos do tratamento com SAS durante os períodos gestacional e lactacional sobre o cuidado materno das mães e as consequências no desenvolvimento reprodutivo da geração F1 durante os períodos neonatal, infância, puberdade e vida adulta. Ratas Wistar (n=10/grupo) receberam 300mg/kg/dia de SAS dissolvida em carboximetilcelulose (CMC), por gavagem, do dia gestacional (DG) 0 ao dia lactacional (DL 21). O grupo controle recebeu apenas CMC. No DPN 21, foi realizado o desmame dos filhotes. Na geração F1, foram avaliados: a instalação da puberdade, peso, análise histológica e parâmetros de estresse oxidativo nos órgãos reprodutivos. Além disso, as ratas F1 também foram analisados quanto a ciclicidade estral, comportamento reprodutivo e fertilidade. Enquanto, os ratos F1 também tiveram a concentração plasmática de testosterona e os parâmetros espermáticos avaliados. Nas ratas F0, o tratamento com SAS diminuiu a motivação para a recuperação dos filhotes. As ratas F1, apresentaram aumento no escore de lordose, na frequência de lordose de magnitude 3 e na peroxidação lipídica do ovário tanto na infância quanto na vida adulta. Em relação aos ratos F1, durante a puberdade, a exposição materna à SAS levou a um aumento no comprimento total dos túbulos seminíferos, e foram observadas presença de células redondas no lúmen da cabeça e cauda do epidídimo. Além disso, a SAS também induziu alterações relacionadas ao estresse oxidativo nos testículos dos ratos F1 durante a infância e da puberdade. Os efeitos da SAS observados no presente estudo representam uma preocupação relevante para a saúde pública, pois demonstraram que o tratamento com SAS comprometeu a motivação materna das ratas F0 e induziu alterações reprodutivas tanto em ratas quanto em ratos da geração F1. Além disso, é importante ressaltar que para o nosso conhecimento, esse é o primeiro estudo a investigar as consequências da exposição materna à SAS nos parâmetros reprodutivos da geração F1 de ratos. Assim, este estudo fornece informações para uma melhor compreensão do tratamento com SAS durante os períodos críticos de desenvolvimento. |