Intoxicação acidental por monensina em caprinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Anjos, Mayara Cardoso dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17822
Resumo: A monensina sódica é o ionóforo mais frequentemente utilizado nas dietas dos ruminantes como promotor de crescimento. Apesar de seus benefícios, efeitos tóxicos já foram comprovados em diversas espécies de animais. Relatos de casos de ocorrência natural não foram encontrados em caprinos e este estudo descreve um surto de intoxicação acidental, caracterizando os achados clínicos, laboratoriais e patológicos. Trinta e sete de 40 cabritos da raça Anglo Nubiana se intoxicaram após receberem ração erroneamente acrescida de monensina sódica e ingerirem a dose tóxica estimada entre 25 e 39 mg/kg PC. A evolução clínica foi acompanhada (n=27), atividades séricas de creatino quinase (CK) e de aspartato aminotransferase (AST) e análise de gases sanguíneos foram determinadas, e exames necroscópicos foram realizados após a morte entre 1 e 8 dias de evolução (n=14). Os sinais clínicos iniciaram a partir de 5 horas após a ingestão e consistiram em hipomotilidade reticulorruminal, apatia, anorexia, taquicardia, arritmia cardíaca, tosse úmida, crepitação pulmonar e traqueal e secreção nasal serosa. Os índices de morbidade e de letalidade foram 92,5% e 62,1%. As atividades de CK e de AST se elevaram, alcançando valores máximos medianos de 10860 U/L e de 1596 U/L, respectivamente, e a acidose metabólica hiperclorêmica foi discreta. As lesões caracterizaram-se por degeneração e necrose de músculos cardíacos e esqueléticos, congestão e edema pulmonar e congestão passiva no fígado. Os cabritos desenvolveram essencialmente cardiomiopatia com insuficiência cardíaca congestiva esquerda e direita. Ao contrário de outras espécies ruminantes a incapacidade funcional muscular esquelética foi pouco frequente. Pode-se concluir que a monensina também é tóxica para caprinos e deve ser utilizada com cautela na sua alimentação.