Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Gabriel Ignácio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16595
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Resumo: |
Resumo: A guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1864-187) foi um evento singular na história latino-americana Situado na convergência entre a consolidação dos estados nacionais e o fortalecimento da imprensa ilustrada, o conflito ganhou uma vasta cobertura visual Ao romper as fronteiras nacionais, os impressos favoreceram as trocas culturais e ideológicas Partindo dessa observação, a presente Dissertação objetiva analisar e comparar os jornais El Centinela (1867) e Paraguay Illustrado (1865), ambos surgidos em função do conflito No periódico paraguaio, a guerra foi descrita como ameaça à identidade paraguaia, fruto da ganância desmedida de Dom Pedro II que, ardilosamente, conseguiu enganar Bartolomé Mitre e Venâncio Flores Todos os recursos imagéticos e textuais disponíveis foram empregados para denunciar a ambição e a monstruosidade que, desonestamente, se escondiam do lado inimigo Do imperador ao soldado negro, ninguém escapou do furor dos artistas/soldados Na imprensa brasileira, a guerra, mais que uma simples retaliação pela agressão paraguaia, foi tratada como um enfrentamento entre civilização e barbárie, variando apenas no tratamento que deveria ser dispensado aos “vândalos” paraguaios Nesse cenário, o Paraguay Illustrado, com suas caricaturas cáusticas, serviu-se de símbolos imagéticos e elementos retóricos já disponíveis para satirizar a nação paraguaia e engrossar o coro patriótico Os paraguaios, apresentados sob a tirania de Solano López, foram desenhados como deficientes e degenerados Em lados opostos, ambos os periódicos cunharam símbolos identitários, reforçaram ideais nacionais e desumanizaram o Outro Politicamente engajados, os jornais tornaram-se armas de guerra, disseminando falas e imagens que conferiram sentido a tantas mortes e sofrimento |