A organização do trabalho em saúde bucal nas equipes da rede de atenção básica em municípios de pequeno porte do norte do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bueno, Vera Lúcia Ribeiro de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13896
Resumo: Resumo: O objetivo desse estudo foi analisar a organização do trabalho em saúde bucal nas equipes da Rede de Atenção Básica em municípios de pequeno porte do norte do Paraná Trata-se de um estudo transversal, teórico, empírico, de natureza analítico compreensiva, com abordagem quantitativa/qualitativa A região norte foi representada pelas regiões administrativas de Apucarana, Londrina e Cornélio Procópio que correspondem às seguintes Regionais de Saúde (RS): 16ª RS, 17ª RS e 18ª RS A pesquisa aconteceu em duas etapas, sendo que a coleta de dados da primeira eta-pa, designada como quantitativa, aconteceu entre julho e dezembro de 21, e a da segunda etapa, designada como qualitativa, entre junho e julho de 211, com exce-ção do segundo grupo focal da 18ª RS que foi realizado em junho de 212 Na pri-meira etapa foram aplicados dois questionários, um específico para coordenadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e outro para os demais profissionais Para análise descritiva, utilizaram-se as medidas de ocorrência Na segunda etapa foram realizados grupos focais Responderam às questões específicas para coordenadores 9 profissionais De 295 profissionais que atuavam na Equipe Saúde Bucal, (ESB) responderam às questões 178 (6,3%) Foram realizados nove grupos focais, sendo cinco com coordenadores de UBS e quatro com membros da ESB Os resultados revelaram que, na cidade pequena, existe uma grande proximidade entre as pessoas, mas isso não resultou em gestão democrática e participativa, nem em vínculo com a população e trabalho em equipe Nesses municípios, os recursos para implantação das ESB foram absorvidos de maneira acrítica dificultando a implantação/implementação da Política Nacional de Saúde Bucal, como estabelecem os tex-tos ministeriais e resultando em uma rotina de atividades sem planejamento Nos referidos locais, persistia a falta de integração entre os profissionais da ESB e da UBS Ambos alegaram que não se integravam por causa da demanda excessiva que os impedia de fazer reuniões, o que pode ser questionado tendo em vista que diversos não cumpriam suas cargas horárias Foi observado dificuldade de se romper com o sistema incremental e efetivar os princípios da universalidade e integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS) Quanto à organização do trabalho, observou-se uma dicotomia entre atividades de promoção/prevenção e atividades clínicas com preferência pelo atendimento clínico, tanto dos profissionais, dos gestores, como também da população Os dentistas alegaram que não cumpriam a carga horária de trabalho devido à baixa remuneração Quanto à gestão, observou-se que era influenciada por quatro atores diferentes: Coordenador ESB, Coordenador UBS, Prefeito/secretário de saúde e RS Esta última se destacou como ente articulador entre os municípios, sendo um importante local para debater o modelo assistencial e apoi-ar a efetivação do SUS Para a implantação da Política Nacional de Saúde Bucal, sugere-se a adoção de sistemas de trabalho por compromisso em que se definem ações com metas, previamente acordadas, acompanhadas por instâncias de partici-pação democrática e gestores