Mulher, negra e imigrante : um estudo sobre relações raciais no Brasil e as experiências migratórias de mulheres haitianas em Maringá/PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nascimento, Silmara Aparecida do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10028
Resumo: Resumo: Os movimentos migratórios se atualizam na contemporaneidade pelas profundas desigualdades produzidas pelos processos de exploração e precarização do trabalho humano baseados, especialmente, na classificação e inferiorização do outro segundo as características estéticas/fenotípicas, sexo, origem e classe social que este representa no sistema de dominação pautado no racismo, no patriarcado e no capitalismo Esta tese teve por objetivo compreender como se constituem e se manifestam as opressões decorrentes das categorias de ordem patriarcal de gênero, raça, classe, e condição de imigrante, das mulheres haitianas que residem na cidade de Maringá e região A partir do marco teórico conceitual sustentado pela base analítica e interpretativa de Lélia González e Heleieth Saffioti, da pesquisa qualitativa, mediante a realização de entrevistas semi-estruturadas junto às mulheres haitianas participantes deste estudo, buscou-se, identificar e analisar tais opressões, no intuito de contribuir para a evidenciação da realidade social destas mulheres, bem como, dos principais obstáculos por elas enfrentados Sob a perspectiva do feminismo negro decolonial e persistente esforço em direção a um processo de sistematização acadêmico-científica avessa ao tradicional embranquecimento e sexismo epistêmico, observou-se que, as experiências migratórias das mulheres haitianas entrevistadas são incontestavelmente delimitadas pelas conexões de classe, raça e gênero, à medida que, o domínio desse sistema de opressão na vida dessas mulheres as impõe sérias limitações em termos de garantia de direitos, visibilidade e integração social no interior da comunidade de destino Em contraposição a essa realidade verifica-se a necessidade de implementação de políticas públicas direcionadas a este grupo social para o enfrentamento da flagrante situação de exploração-dominação e vulnerabilidade social na qual estas mulheres se encontram no contexto local