Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Raphael Henrique de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18603
|
Resumo: |
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adolescentes pratiquem, em média, 60 minutos diários de atividade física moderada-vigorosa (AFMV). No entanto, benefícios à saúde podem ser obtidos mesmo com níveis de AFMV abaixo das recomendações. Apesar disso, estudos de vigilância têm focado quase que exclusivamente em critérios baseados nas recomendações da OMS, o que invisibiliza os grupos mais necessitados, bem como adia discussões sobre desigualdades que podem ter início no acesso à prática de atividade física. Objetivo: Investigar a prevalência global de atividade física entre adolescentes, possíveis desigualdades de gênero e associações com indicadores macroeconômicos e sociais. Métodos: Foram analisados 146 inquéritos nacionais (adolescentes de 11 a 19 anos). O critério de =60 minutos por dia de AFMV em menos do que um dia por semana foi utilizado para classificar os adolescentes com “pouca ou nenhuma AFMV”. Já a prática de =60 minutos por dia de AFMV durante sete dias por semana foi utilizada como critério para classificar aqueles que alcançavam as recomendações de atividade física da OMS. Informações sobre atividade física, gênero e idade foram autorrelatados, enquanto as informações macroeconômicas e sociais (IDH, GII e GINI) foram coletadas a partir de sites oficiais. A análise estatística incluiu frequências relativas e razões de prevalência (RP), com seus respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC95%). Modelos de meta-análise foram empregados para as estimativas harmonizadas. As relações dos indicadores macroeconômicos e sociais com a prevalência e as desigualdades em atividade física foram exploradas por meio do coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: A prevalência de alguma atividade física foi de ~80%, sendo mais elevada entre países da América do Norte e Europa & Ásia Central (94%) em relação às demais regiões (<77%). Desigualdades de gênero foram consistentes entre os países analisados. Maiores prevalências de atividade física (ambos os critérios) foram notadas entre países com melhores indicadores macroeconômicos e sociais. Enquanto maiores desigualdades de gênero em alguma AFMV foram notadas entre países com IDH, GII e GINI menos favoráveis, direções opostas foram notadas quando o cumprimento com as recomendações foram o desfecho. Conclusão: Dois a cada dez adolescentes não realizam ao menos 60 minutos de AFMV em nenhum dia na semana, sendo os cenários menos favoráveis observados em países do Sul Global. A desigualdade de gênero é um problema consistente, especialmente entre os adolescentes mais velhos. Enquanto as prevalências de atividade física tendem a ser mais elevadas entre países com melhores indicadores macroeconômicos e sociais, a relação entre esses indicadores e a prática de atividade física parece variar de acordo com o critério utilizado para classificação da atividade física. |