Charlie Hebdo e o Islã : orientalismo no discurso chárgico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Franzon, Helene Ayoub
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16743
Resumo: Resumo: Em janeiro de 215, um atentado à sede do semanário satírico francês Charlie Hebdo deixou 12 pessoas mortas, quatro delas, renomados cartunistas O motivo que levou ao ataque foram charges publicadas pelo jornal que retratam figuras islâmicas em situações de deboche O objetivo deste trabalho, portanto, é analisar nove ilustrações publicadas na capa de Charlie Hebdo, entre os anos de 21 e 215 As imagens selecionadas retratam elementos relacionados ao Islã, como a figura do profeta Maomé, muçulmanos, o Corão, a burca, entre outros Começamos por compreender o que é a charge e como o seu sentido é construído O humor, importante característica nas charges, também é discutido a partir da teoria sobre o Riso de Bergson (1983) Em seguida, compreendemos o poder simbólico conferido às imagens no ambiente do sagrado e por que, nesse contexto, elas podem ser consideradas ofensivas por determinados grupos Por fim, utilizamos como chave de leitura para a análise os conceitos de estereótipo, ideologia e hegemonia, além da perspectiva dos estudos culturais propostos por Stuart Hall (1997, 25) e do conceito de Orientalismo desenvolvido por Edward Said (27) Identificamos que as ilustrações de Charlie Hebdo reproduzem a ideologia hegemônica orientalista, mesmo sendo uma publicação não identificada com o discurso colonial dominante Ao representar elementos da religião islâmica por um olhar orientalista, a revista acaba for reproduzir a imagem negativa associada ao Islã e, consequentemente, a reiterar a Islamofobia