Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Marques Sobrinho, Giovana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18110
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Resumo: |
A presente pesquisa, tem por objetivo fazer uma apreciação das distorções comunicativas pautadas no pensamento habermasiano nos relatórios de sustentabilidade da mineradora Vale S.A. Delimitou-se os anos de 2018, 2019 e 2020, um ano antes do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), o ano do ocorrido e um ano após para a seleção de tais documentos. Compreende-se como distorção comunicativa a comunicação entre atores que não atende aos pressupostos pragmáticos de inteligibilidade, verdade, legitimidade e veracidade, sendo utilizado para a manipulação e não o entendimento mútuo. Em relação a metodologia, a pesquisa caracteriza-se como qualitativa, descritiva e exploratória. As informações para verificação, foram coletadas por meio de pesquisa documental e posteriormente analisadas mediante a técnica de análise de conteúdo. Os três relatórios selecionados, apresentaram inadequações referente aos quatro pressupostos pragmáticos. Em relação às distorções de verdade, notou-se a falta de evidências que comprovem as declarações da mineradora, tais declarações contrariadas também por notícias de jornais relevantes no cenário nacional, bem como uma exacerbação dos impactos positivos e uma carência de descrição dos impactos negativos. Quanto à distorção de sinceridade, percebeu-se o uso de metáforas que ofuscam o desempenho real da mineradora em relação à sustentabilidade, resultando em uma imagem otimista da organização. No que diz respeito, às distorções de inteligibilidade foram detectados jargões, excesso de imagens, quadros, tabelas que dificultam uma leitura fluída e diversos materiais externos aos relatórios que não estão mais disponíveis para consulta, dificultando o entendimento de uma linguagem comum entre a mineradora e seus leitores. Por fim, nas distorções de legitimidade, notou-se a inobservância dos “Princípios de Relato GRI” e irregularidades ao relatar informações obrigatórias, rompendo com o contexto normativo em que esses relatórios estão inseridos. A apreciação dos relatórios mediante as distorções comunicativas baseadas no pensamento habermasiano, revelaram prejuízos ao entendimento sobre a sustentabilidade que a mineradora comunica. |