Distorções comunicativas nos relatórios de sustentabilidade de empresas listadas na carteira ISE 2020 : uma análise pautada no pensamento habermasiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Inocêncio, Ewerton Roberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9844
Resumo: Resumo: A sustentabilidade, nesta pesquisa, é entendida como um conceito em construção por diversos atores, especialmente as organizações Nesse sentido, os relatórios de sustentabilidade corporativos fornecem indícios de como as empresas têm participado desta empreitada Assim, esta pesquisa objetivou analisar, sob uma perspectiva habermasiana, se existem distorções comunicativas nos relatórios de empresas que compõem a carteira ISE 22 e como elas ocorrem Mais especificamente, foram investigados os relatórios da EDP, Light, Natura e Petrobras Neste estudo, compreende-se como distorcida a comunicação entre atores que não atende aos pressupostos pragmáticos de inteligibilidade, verdade, legitimidade e veracidade, servindo para propósitos de manipulação e não de entendimento Metodologicamente, o presente estudo está caracterizado como qualitativo, descritivo e exploratório As informações para análise foram coletadas via pesquisa documental e posteriormente analisados por meio da técnica de análise de conteúdo A depuração dos dados apontou inadequações em todos os relatórios, no que tange aos quatro pressupostos pragmáticos Destacam-se como distorção de inteligibilidade o emprego de jargões, uso inadequado de abreviações, falta de clareza nas associações entre imagens e texto, bem como erros sintáticos que dificultam o compartilhamento de uma linguagem comum entre organização relatora e leitores Quanto à distorção de verdade, observa-se a falta de evidências para suportar adequadamente afirmações feitas pelas organizações e a omissão de detalhes no que tange a impactos negativos Já em relação à distorção de legitimidade, verifica-se a inobservância dos “Princípios de Relato GRI”, omissões de divulgações GRI, inconformidades no modo de apresentar justificativas de omissão e irregularidades no relatar informações de um requisito (obrigatório) de uma divulgação GRI específica, rompendo assim com o contexto normativo no qual os relatos se inserem Por sua vez, no que diz respeito à distorção de sinceridade, nota-se o uso de metáforas que ofuscam a compreensão do real desempenho organizacional em matéria de sustentabilidade, contribuindo para a construção de uma imagem otimista e parcial das organizações Ao fim da análise, discute-se as distorções encontradas, suas implicações para os relatórios de sustentabilidade e apresenta-se uma sugestão normativa para orientação da elaboração e/ou correção e/ou análise de relatórios de sustentabilidade