Estratégias de ensino, aprendizagem, motivação e adaptação de estudantes de pedagogia no ensino remoto emergencial (ERE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cardoso, Carolina Bettini Corcini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18498
Resumo: A pandemia ocasionada pela Covid-19 exigiu que cursos presenciais passassem a ser ofertados por meio do Ensino Remoto Emergencial (ERE), o que levou a um novo modo de ensinar e de aprender. Neste novo contexto, o presente estudo teve por finalidade analisar as possíveis relações entre estratégias de ensino, estratégias de aprendizagem e motivação de um grupo de estudantes de Pedagogia no contexto do Ensino Remoto Emergencial (ERE); também investigou o processo de adaptação de um grupo de estudantes de Pedagogia com relação às atividades propostas durante as aulas, aos artefatos tecnológicos digitais de aprendizagem utilizados, às dificuldades encontradas e ao apoio institucional, no contexto do Ensino Remoto Emergencial (ERE). Participou da pesquisa um grupo de 146 estudantes do primeiro ao quinto semestre, do Curso de Graduação em Pedagogia de uma IES pública. A faixa etária variou entre os 17 e 58 anos, sendo 138 respondentes do gênero feminino, seis do gênero masculino e dois do gênero “outros”. Caracterizada com exploratória e descritiva, a presente pesquisa utilizou os seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico, a escala de estratégias e motivação para aprendizagem em ambientes virtuais (EEAM-AVA), uma escala do tipo likert de três pontos, adaptada para o contexto do ERE e, um Questionário sobre o ERE: Motivação, Artefatos Tecnológicos Digitais e Contextos. A coleta de dados se deu por meio da plataforma do Google Forms, sendo posteriormente submetidos à estatística descritiva e inferencial, bem como à análise de conteúdo. Entre os principais resultados pode-se destacar: as variáveis categóricas turno, semestre e formato de coleta de dados revelaram diferenças estatisticamente significativas na dimensão desmotivação. Assim, quando comparado o desempenho dos estudantes na avaliação da desmotivação, aqueles que estavam matriculados no período noturno e que participaram da coleta na condição de coleta on-line (2021) autorrelataram menor desmotivação para os estudos no ensino remoto. Somado a isso, os estudantes do primeiro semestre relataram estar menos desmotivados, quando comparados aos estudantes do 2º e 5º semestres. Não foram observadas correlações estatisticamente significantes entre todas as dimensões da escala. Quanto aos resultados provenientes da primeira categoria do questionário sobre ERE: Motivação, Artefatos Tecnológicos Digitais e Contextos, foram evidenciadas as subcategorias referentes à motivação autônoma (76; 39,58%) e desmotivação (75;39,06%) que apresentaram as maiores frequências de respostas; e também uma preferência pelo uso de estratégias cognitivas, aulas e atividades mais dinâmicas, além de indicar que, para grande parte dos respondentes, houve adaptação ao ERE. Salienta-se a importância da realização de pesquisas na área da Educação, que promovam a escuta e a tomada de consciência acerca dos processos educacionais mediados pelos artefatos tecnológicos digitais e que possam promover a adoção de estratégias de ensino-aprendizagem que venham contribuir para o desenvolvimento dos tipos mais autônomos de motivação.