Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ferranti, Larissa de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9818
|
Resumo: |
Resumo: O cultivo, comercialização e industrialização da uva e de seus derivados têm apresentado importante papel econômico-social no cenário brasileiro As uvas são alimentos altamente suscetíveis à contaminação por fungos particularmente pelas espécies de Aspergillus section Nigri, que tem sido frequentemente detectados em uvas e recebem atenção especial, pois algumas espécies são capazes de produzir micotoxinas, tais como ocratoxina A (OTA) e fumonisina B2 (FB2) O objetivo deste estudo foi investigar a presença de espécies de A section Nigri em uvas Vitis labrusca (variedades "Bordo", "Cora", "Violeta", "Coder", "Rudder" e "Niagara") e híbridos interespecíficos de V labrusca x V vinifera (variedades Isabel) usadas para produzir vinho tinto de mesa e sucos de uva em quatro regiões produtoras do Brasil Foram estudadas a capacidade dos isolados para produzir OTA e FB2, bem como a presença dessas micotoxinas nas uvas Oitenta e oito amostras de uvas foram coletadas dos principais estados produtores de uva do Brasil: Rio Grande do Sul (n = 3), Pernambuco (n = 21), São Paulo (n = 21) e Paraná (n = 16) Aspergillus pertencentes à seção Nigri foram isolados e identificados combinando morfologia, análise de sequências de DNA e análise de perfil de metabólitos secundários A section Nigri foram encontrados em todas as amostras de uva colatadas nos estados de Pernambuco e São Paulo, com contaminação média de 66,3% e 18,2%, respectivamente As uvas do Paraná e Rio Grande do Sul também mostraram a presença de A section Nigri, no entanto em níveis mais baixos (8,5% e 4,5%, respectivamente) Um total de 242 cepas de A section Nigri foram analisadas e organizadas em três grupos de acordo com a caracterização morfológica: A section Nigri uniseriados (79,3%), A niger "agregado" (18,2%) e A carbonarius (2,4%) A fim de identificar as espécies encontradas, 248 isolados foram submetidos ao sequenciamento de uma porção do gene que codifica para calmodulina Dentre os A niger "agregado" foram identificadas as seguintes espécies: A niger sensu stricto, A welwitschiae e A vadensis Dentre os uniseriados de A section Nigri as seguintes espécies foram reconhecidas: A japonicus, A uvarum, A brunneoviolaceus e A aculeatus Neste trabalho destaca-se também a descrição pela primeira vez de uma espécie pertencente à Aspergillus section Nigri nomeada A labruscus Esta espécie apresentou características morfológicas, sequencias de nucleotídeos e perfil de metabólitos secundários distintos das demais espécies pertencentes à Aspergillus section Nigri Esta nova espécie não se caracterizou como produtora de OTA e FB2, mas sim de ácido secalonico D Quanto à capacidade de produção de micotoxinas, 3,2% do total de isolados de Aspergillus section Nigri (n = 242) foram produtores de ocratoxina A, e de 373 A niger "agregado" testados para fumonisina B2, 42,1% foram produtores No entanto, as 88 amostras de uvas não estavam contaminadas com estas micotoxinas |