Lesão pulmonar aguda no escorpionismo experimental : comparativo entre peçonhas de dois representantes da família Buthidae da escorpiofauna brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Miyamoto, Jackson Gabriel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16295
Resumo: Resumo: O escorpionismo é importante assunto de saúde pública no Brasil e em vários países, sendo os escorpiões da família Buthidae envolvidos nos acidentes de importância médica No Brasil, os principais escorpiões dessa família são do gênero Tityus, cujos representantes respondem pela maioria dos acidentes Os Tityus serrulatus são os principais desencadeadores de acidentes graves no Brasil, quando edema pulmonar pode se instalar e está envolvido com o óbito Assim, a maioria dos estudos é desenvolvida com sua peçonha, tendo sido demonstrado que desencadeia inflamação sistêmica e pulmonar, com leucocitose, edema e influxo leucocitário para os pulmões Os escorpiões Rhopalurus rochai também pertencem à escorpiofauna brasileira e à família Buthidae; ocupando regiões de cerrado, pouco habitadas, não existem estudos epidemiológicos ou experimentais acerca da ação da sua peçonha no aparelho respiratório Investigamos comparativamente a fisiopatologia do escorpionismo experimental em ratos machos, induzido pela administração intravenosa (iv) das peçonhas de T serrulatus 2 µg/kg (pTs) e R rochai 2 µg/kg (pRr 2) ou 4µg/kg (pRr 4); animais controles receberam NaCl ,9% apirogênica iv em mesmo volume que as peçonhas Foram avaliados parâmetros pulmonares como a permeabilidade vascular por extravasamento de azul de Evans (aE, 3 minutos) e proteínas (por Bradford) no lavado bronco-alveolar (LBA, 4 e 24 horas), hemorragia pela quantificação da cianometahemoglobina (6 minutos), influxo de leucócitos (4 e 24 horas) para os pulmões pela atividade da mieloperoxidase (MPO) e da N-acetil-ß-D-glicosaminidase (NAG), e contagem no LBA, e produção de óxido nítrico (NO) nos pulmões pelo método de Griess modificado Foram avaliadas também a mobilização de leucócitos para o sangue (contagem total e diferencial por microscopia) e produção do NO no coração As peçonhas induziram aumento da permeabilidade vascular (3 minutos) no aparelho respiratório e acúmulo de proteínas nos pulmões após 24 horas, porém, ambos foram mais afetados pela pTs e só esta promoveu aumento da permeabilidade nos brônquios internos e pulmões, e acúmulo de proteínas em 4 horas A hemorragia ocorreu nos brônquios internos e pulmão do grupo pTs A atividade da MPO (4 e 24 horas) e NAG (24 horas), além da concentração de NO nos pulmões (4 e 24 horas), aumentou apenas no grupo pTs No LBA houve aumento de leucócitos e células mononucleares (4 horas) no grupo pRr 4, enquanto o grupo pTs apresentou aumento de polimorfonucleares da 4ª a 24ª hora quando também ocorreu leucocitose Alterações no leucograma ocorreram apenas no grupo pTs, com leucocitose, neutrofilia e linfopenia após 4; em 24 horas observou-se adicionalmente linfocitose e monocitose No coração, apenas a pRr 4 promoveu diminuição de NO abaixo dos controles Concluímos que a maioria das alterações avaliadas, ocorreram, e foram mais intensas com a pTs; a pRr não pode ser considerada atóxica, mas provavelmente é incapaz de induzir acidentes graves e morte