Cartografias existenciais de mulheres com deficiência auditiva e surdas trabalhadoras na cidade de Goiânia (GO)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Geografia Brasil UEG Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/815 |
Resumo: | Esta pesquisa, com base na perspectiva das “cartografias existenciais”, objetivou “cartografar” as densas trajetórias de existência e inserção no mundo do trabalho de mulheres com deficiência auditivas e surdas trabalhadoras. Com efeito, sublinhou as dificuldades que carregam sendo mulheres, sendo surdas e deficientes auditivas no âmbito laboral. O objetivo geral da pesquisa foi compreender as trajetórias espaciais de trabalhadoras surdas de Goiânia reconhecendo dimensões da sua condição de Pessoa com Deficiência numa sociedade denominada eficiente. Desta forma, a pesquisa primou por desenvolver interpretações de trajetórias espaciais de trabalhadoras surdas a partir de suas inserções sociais em Goiânia. Reveladora de cartografias existenciais de um grupo de mulheres surdas trabalhadoras na cidade de Goiânia, a pesquisa identificou problemas, contradições e potencialidades das trabalhadoras surdas na sociabilidade urbana. A metodologia contou com procedimentos de pesquisa qualitativa. Entre esses procedimentos, destacou-se a revisão bibliográfica, as entrevistas não estruturadas, a participação em eventos e espaços de diálogos e lutas por direitos como a Associação de Mulheres Surdas de Goiânia e Associação de Surdos e Surdas de Goiânia. Nessas associações, as entrevistas permitiram entender a dinâmica dos sujeitos surdos enquanto pessoas trabalhadoras. A pesquisa demonstrou que existem dificuldades de permanência dessas mulheres nas empresas diante de uma realidade de rotatividade e adoecimentos físicos e psicológicos, dificuldades de comunicação em espaços públicos, nas empresas e na família. Os resultados são reveladores de densas trajetórias de mulheres com deficiência auditiva e surdas que enfrentam estruturas históricas de preconceitos, segregação e desafios enfrentados pelas Pessoas com Deficiência. São histórias de mulheres que constituem o caminho da vida enfrentando barreiras físicas e atitudinais, mas carregam experiências de conquistas na educação, nas lutas por direitos, no emprego como fonte de autonomia e alegria; são guardiãs de sonhos por uma sociedade de justiças e dignidades plenas. |