Contextos ambientais de terras indígenas na fronteira do Cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mota Junior, Everaldo Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Geografia
Brasil
UEG
Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1307
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo geral analisar contextos ambientais de terras indígenas no domínio Cerrado a partir do avanço de relações capitalistas de produção, sobretudo do setor do agronegócio e da mineração. Para atingir esse objetivo foram utilizados dados qualitativos e quantitativos de instituições como Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), fundação Nacional do Índio (FUNAI), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria (INCRA), MapBiomas, entre outros. Esses dados foram organizados em mapas, gráficos e tabelas. Os resultados evidenciam que as terras indígenas localizadas nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul sofrem mais efeitos diretos da presença do agronegócio, as áreas convertidas em agricultura e pastagem são maiores, assim como o uso de agrotóxicos, pivôs de irrigação e conflitos relativos a direitos territoriais, principalmente em Mato Grosso do Sul. No Tocantins, Goiás e Maranhão o agronegócio não possui tanta expressividade como nos demais estados em relação a proximidade com as terras indígenas, no entanto são espaços que podem ser incorporados a este setor nas próximas décadas. A mineração está mais presente no norte de Goiás e no Centro de Tocantins, nesse contexto há processos minerários sobrepondo terras indígenas e/ou se instalando em rios que passam por essas terras, o que pode comprometer a qualidade e mesmo a disponibilidade de água para essas populações. No estado de Maranhão a agropecuária não se encontra com expressiva presença nos limites das terras indígenas, mas podem se expandir nas próximas décadas, neste estado é registrado altos índices de desmatamento e exploração ilegal de madeira. No geral, evidenciou que o setor do agronegócio produz mais conflitos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a mineração possui maior presença em Goiás e Tocantins. No Maranhão há altos índices de desmatamento e exploração ilegal de madeiras. Ressalta-se que essas atividades não ocorrem isoladamente e o conjunto delas apresentam uma séria ameaça ao ambiente ecologicamente equilibrado e ao usufruto exclusivo dos povos indígenas de suas terras.