A Educação superior no Brasil e o ensino a distância: uma análise crítica do estágio supervisionado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Álvares, Camila Costa de Oliveira Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/860
Resumo: Discutimos o Estágio Supervisionado dos cursos de formação de professores na modalidade a distância, objetivando compreender de que modo o Estágio Supervisionado na EaD possibilita a formação voltada para a construção da autonomia do professor. Nesse estudo, restringimos nossa análise ao curso de História da Universidade Aberta do Brasil (UAB), executado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Para isso, observamos o AVA do Estágio Supervisionado do curso de História da UnUEAD, aplicamos questionários on-line a alunos e tutores dos polos de Alexânia e Itumbiara, à coordenadora do estágio supervisionado e ao coordenador do curso de História da UnUEAD. Também consultamos os documentos oficiais do curso (Projeto Político Pedagógico, Manual do Estagiário, Regulamento Interno do Estágio Supervisionado dos cursos de graduação da UnUEAD etc.). A reflexão sobre a Educação a Distância (EaD) no Brasil se justifica tendo em vista que esta é uma das modalidades atuais de política educacional que vem recebendo incentivos importantes do Estado e, desse modo, ganhando a adesão das instituições de ensino superior. O Programa UAB se constitui em uma política voltada à formação de professores, criado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e o Fórum das Estatais em 2005. Para análise dos dados, utilizamos o materialismo histórico dialético, buscando apreender a historicidade da educação a distância, as contradições e a dinâmica da realidade em que se desenvolvem as políticas educacionais no Brasil, numa perspectiva qualitativa. No contexto dos debates ora desenvolvidos sobre a EaD, refletimos sobre as potencialidades e os limites da formação de professores a distância em uma época marcada tanto pelo acelerado crescimento do uso das tecnologias da informação e viicomunicação no campo da educação quanto pela implantação das políticas neoliberais. Para tanto, a EaD não foi estudada isolodamente, dialogamos com autores de diferentes perspectivas teóricas, os quais têm em comum o esforço para compreender a complexidade da política de formação de professores no bojo das contradições desta sociedade. A partir das análises desse estudo, concluímos que, de modo geral, as condições apresentadas pelo estágio supervisionado do curso de História da UnUEAD não favorecem a construção da autonomia do professor. A EaD organiza-se e fundamenta-se sob a lógica do capital que prioriza a formação de indivíduos alienados e a certificação de diplomados para o mercado de trabalho.