Dinâmica de comunidades de formigas forrageadoras epigéicas em fragmentos de mata seca do cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bernardes Júnior, Enilton José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Produção Vegetal
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Produção Vegetal (PPGPV)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/471
Resumo: Uma das principais consequências dos distúrbios antrópicos é a fragmentação dos ambientes naturais. Grande parte da vegetação natural do Cerrado brasileiro encontra-se na forma de pequenos fragmentos, altamente perturbados, isolados e pouco estudados. Principalmente devido a agricultura em larga escala com as culturas de soja e milho, as áreas de Cerrado da região sudeste de Goiás se enquadram neste cenário. Devido as suas peculiaridades, as formigas têm sido usadas como bioindicadores de qualidade ambiental, principalmente em áreas degradadas. Objetivou-se neste trabalho, caracterizar a estrutura das comunidades de formigas forrageadoras epigéicas em distintos fragmentos remanescentes de Mata Seca (MS) e suas respectivas matrizes de entorno (áreas agrícolas: durante a safra, safrinha e entressafra), na região Sudeste de Goiás. O método de captura dos formicídeos foi o de armadilhas com iscas. Correlacionou-se os índices faunísticos das comunidades de formigas capturadas nos fragmentos e suas respectivas matrizes em três momentos distintos: fragmentos de MS circundados por cultivo agrícola durante a safra (soja), safrinha (milho) e entressafra. Foram investigados neste estudo, 10 fragmentos de MS, com áreas variando de 4,22 a 44,4 ha. Ao longo de todo o estudo foram coletados 60 morfoespécies de formiga, distribuídas em 7 subfamílias e 21 gêneros. A subfamília com maior número de espécies foi Myrmicinae (24), seguida de Formicinae (19), Ponerinae (6), Ectatomminae (4), Dolichoderinae (4), Pseudomyrmecinae (2) e Heteroponerinae (1). Os gêneros, frequentemente, mais capturados foram: Camponotus e Pheidole, com 15 e 9 morfoespécies, respectivamente. Foi verificada diferença significativa na riqueza de formigas forrageadoras epigéicas nos ambientes MS e matriz de entorno com culturas de soja, milho e na entressafra. MS apresentou média de 21,1 morfoespécies e matriz de entorno, 10,8 morfoespécies. O tamanho do fragmento de MS não influenciou significativamente a riqueza de formicídeos. Entretanto, a similaridade das comunidades de formicídeos, medida pelo índice de Jaccard, mostrou dois distintos grupos em MS e matrizes de entornos e, também, no conjunto de formigas capturados em MS e matrizes de entorno, em safra, safrinha e entressafra. Nossos resultados sugerem que a riqueza e a composição de comunidades de formigas podem ser usadas como ferramenta de monitoramento de alterações antrópicas de habitats.