História, ciência e tecnologia : estudos agronômicos e ambientais da cafeicultura no Cerrado goiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Rodrigo Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Doutorado em Recursos Naturais do Cerrado
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1568
Resumo: A cafeicultura emerge como um fenômeno central na dinâmica socioeconômica de Goiás a partir da década de 1920, influenciando não apenas a ocupação territorial, mas também as políticas públicas e o desenvolvimento de infraestrutura regional. O objetivo primário deste trabalho foi avaliar, a partir dos pressupostos teóricos a história ambiental do café no estado de Goiás, para se entender o desenvolvimento da região. No primeiro capítulo avaliou-se as publicações a partir da segunda década do século passado de jornais, revistas e demais fontes de divulgação de informação. Observou-se a importância das matas de Goiás, especialmente as regiões conhecidas como Matas de São Patrício e a região de Goianésia, na expansão da cafeicultura. Essas áreas, inicialmente consideradas impróprias para a agricultura pelas oligarquias locais, foram alvo de políticas de ocupação e colonização, impulsionadas pela disponibilidade de terras devolutas e pelo potencial agrícola do solo "ubérrimo". O declínio da cafeicultura na região a partir da década de 1960 evidencia a fragilidade desse modelo agrícola, que estava sujeito a flutuações de mercado e a fatores ambientais. No segundo capítulo realizamos uma análise cienciométrica que destacou os principais temas pesquisados relacionados a produção de café nos Cerrados. A análise dos trabalhos publicados identificou que a ênfase das pesquisas está nas práticas agrícolas, controle de pragas e doenças, melhorias na qualidade do fruto, bem como trabalhos relacionados aos microrganismos de solo, o que despertou o interesse em realizar o terceiro capítulo. Neste capítulo avaliamos a relação entre Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA) e as raízes de plantas de 35 genótipos de café. Observou-se que, de maneira geral, as variedades avaliadas demonstram a presença de diversos gêneros de FMA. A densidade de esporos de fungos no solo e a taxa de colonização nas raízes do cafeeiro são importantes pois são refletem as interações entre as plantas e os microrganismos do solo, que são essenciais para a saúde e o desenvolvimento das plantas. A densidade de esporos de fungos micorrízicos no solo é um indicador da atividade e presença desses organismos no ambiente. Um aumento na densidade de esporos pode indicar um ambiente favorável para o desenvolvimento destes fungos, que geralmente está associado a condições saudáveis de solo e planta.