O cinema visto através da janela do trem de ferro: a história das salas de cinema de Ipameri-GO de 1912 a 2000

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cunha Júnior, José Eustáquio Rodrigues da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em História
Brasil
UEG
Programa de Stricto sensu de Pós-Graduação em História (PPGHIS)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1665
Resumo: Designa-se argumentar o processo da história das salas de cinema do município de Ipameri, estado de Goiás, dos anos de 1912 a 2000, acentuado com a chegada dos trilhos de ferro da Ferrovia Mogiana, procedente do municipio de Araguari, estado de Minas Gerais, da região do Triângulo mineiro, sendo inaugurada a primeira estação ferroviaria, no ano de 1913. O processo de implantação das salas de cinema iniciouse no ano 1912, com a construção de um barracão de pano à luz de acetileno, instalado de forma improvisada a primeira sala de cinema. Em 1915, foi construída a segunda sala, projeto inspirado nas salas de cinema da cidade do Rio de Janeiro. No ano de 1936, passa a funcionar a sala de cinema, nomeada de Éden Ipamerino (terceira sala de cinema do município). Em 1939, com o fortalecimento do cinema hollywoodiano e melhoramento da qualidade de suas produções, surge, por um processo de reestruturação, o Cine São Paulo, sendo a quarta sala de cinema. Em 1956, inaugura-se o Cine Teatro Estrela, localizado em frente à Praça da Liberdade. Com público em ascensão, no ano de 1958, inaugura o Cine Boa Vista, funcionando ambos até meados de 1960, quando o Cine Boa Vista encerra suas atividades. O Cine Teatro Estrela manteve-se ao longo de décadas, encerrando suas atividades no dia 19 de fevereiro de 1991. A construção dessa dissertação iniciou de uma lógica dedutiva, que parte da ideia do geral ao específico, elucidando o modernismo como agente transformador da sociedade ipamerina, contextualizando a história do audiovisual e suas representações fílmicas no município, concluindo com o declínio e fechamento das salas de cinema, na década de 1990, tornando Ipameri órfã da sala de cinema e da estação ferroviária, contextualizando com o fim de um ciclo que fora de muita valia no processo de modernidade e de construção da história. No processo de análise dos documentos e livros na Biblioteca Municipal João Veiga de Ipameri, notou-se uma ausência de acervos e de Trabalhos de Conclusão de Cursos voltados a temática relacionada ao cinema e linha férrea. Outro fato de eloquência é a ausência de autores goianos que debatam ou mencionam como referencial bibliográfico as produções e historiografia do cinema goiano. Escrutinou-se a partir dos anos de 1912 a 2000, as informações necessárias, sendo acessada obras de memorialistas que tematizaram o cinema e a ferrovia da época. Assim, evidencia-se que o apogeu do início do século XX, com a chegada do trem de ferro, a implantação da energia elétrica e instalação da sala de cinema contrasta-se com o declínio da ferrovia e fechamento da sala de cinema no final da década de 1990.