Biodiversidade do cerrado : percepção e estratégias para o Ensino de Ciências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Borges, Patrícia Spinasse
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Stricto sensu Mestrado Profissional em Ensino de Ciências (PPEC)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/383
Resumo: A Educação CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente) configura uma tendência que pode ajudar a mudar a visão deformada que se tem da ciência, bem como pode oferecer reais possibilidades de alfabetização científica dos cidadãos. Ações educativas em espaços não-formais podem contribuir para estimular atitudes na conservação do meio ambiente. Quando o cidadão se reconhece como parte integrante do ambiente, ele sente-se responsável pela conservação dos recursos, demonstrando respeito com relação ao uso desse ambiente. As trilhas interpretativas são espaços não-formais utilizados para compartilhar experiências que levem os visitantes (alunos, professores ou turistas) a entender, a sensibilizar e a cooperar na conservação dos recursos naturais. A interação do sujeito com a trilha se mostra essencial no processo de aprendizagem, já que é desencadeado o processo de percepção do indivíduo. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo avaliar a percepção ambiental dos alunos de ensino fundamental sobre a biodiversidade do Cerrado, além de propor e testar uma sequência didática em ambiente não-formal para o ensino de biodiversidade do Cerrado. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quali-quantitativa. A pesquisa é dividida em três etapas, sendo a primeira fase uma etapa de avaliação da percepção sobre a biodiversidade do Cerrado, com a utilização de questionário semiestruturado e elaboração de desenhos por 243 alunos do ensino fundamental de escolas Municipais de Anápolis/GO. A segunda etapa consiste na elaboração da sequência didática para ambientes não-formais. A terceira fase é a validação da sequência, na qual os alunos participam de atividades numa trilha interpretativa e de uma palestra sobre o bioma Cerrado. Ao final da terceira etapa, os alunos foram novamente avaliados por meio de questionário semiestruturado e de desenhos. Diante dos resultados obtidos por meio da avaliação dos desenhos dos alunos pode-se observar que na percepção ambiental que os alunos têm sobre a biodiversidade do Cerrado, prevalece a ideia de um ambiente natural. No entanto, os alunos compreendem que as atividades humanas estão interferindo no ambiente de maneira negativa, trazendo consequências irreparáveis ao longo dos anos. Por meio da avaliação dos desenhos dos alunos, foi possível observar que a estratégia da trilha interpretativa é mais eficaz do que a palestra para que os alunos compreendam os elementos da biodiversidade do Cerrado. Dessa forma, as trilhas interpretativas são instrumentos que podem ser eficazes para promover a popularização do conhecimento do bioma Cerrado e sua biodiversidade uma vez que os alunos podem vivenciar experiências reais com os conteúdos anteriormente presentes apenas nos livros didáticos.