De capela a coreto : direito à memória negra e (re)apropriação na Praça Coronel Chico de Sá - Pirenópolis (GO)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Profissional em Estudos Culturais, Memória e Patrimônio Brasil UEG Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais, Memória e Patrimônio (PROMEP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1339 |
Resumo: | O presente estudo, inserido na linha de pesquisa Cultura, Preservação e Identidades, considera como eventos norteadores e passíveis de problematização: a ereção da Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, a partir de 1743, quando Pirenópolis ainda sustentava posição de Arraial e era denominada Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte; a demolição desse templo na década de 40; e as múltiplas significações do lugar, desde os seus primeiros usos, quando irmandades negras lá manifestavam religiosidade e modos de resistência no contexto colonial, até seus usos atuais, ocasionados pela modificação do espaço e edificação da Praça Coronel Chico de Sá (Praça do Coreto), na década de 80. Desses eventos, buscamos verificar se a Praça do Coreto pode ser visualizada como patrimônio cultural que auxilia na manutenção e percepção da contribuição negra na construção identitária de Pirenópolis, bem como potencial território problematizador das narrativas patrimoniais, que, influenciadas pela colonialidade do poder, excluíram historicamente o patrimônio negro das seleções institucionais. A fim de alcançar os objetivos propostos, além de análise bibliográfica e documental, adotamos como técnicas de pesquisa, considerando os atores internos (moradores de Pirenópolis) e externos (turistas), a aplicação de questionários e a realização de entrevistas não-estruturadas. Consideramos que a Praça do Coreto, diante de suas múltiplas territorialidades, que podem ser motivadas pelo passado ou externalizadas em razão do contexto presente, pode ser considerada bem cultural propulsor do direito à memória negra a partir da consciência, participação e preservação proveniente dos sujeitos que usam, valoram e (re)aproriam o lugar, independente da motivação dessa (re)apropriação. Como produto de pesquisa, idealizamos um museu virtual de natureza contínua, repositória e colaborativa denominado Coremória, que visa reunir mídias e memórias relacionadas aos bens culturais estudados. |