A Mulher no sistema carcerário : violência institucionalizada na sociedade de classes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fleury, Ana Carolina Silva Araújo Brito de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1284
Resumo: Esta dissertação de mestrado busca analisar, em uma perspectiva crítica, a mulher no sistema carcerário e a violência institucionalizada na sociedade de classes. Não obstante as sempre presentes crises do sistema carcerário, refletimos aqui sobre a violência de gênero, o modo de produção capitalista, o discurso e o pensamento punitivos sociais como algo inerente a esse modelo de organização de sociedade. Neste trabalho foram utilizadas entrevistas interpretativas feitas com cinco mulheres que estavam ou estiveram em situação de cárcere na Penitenciária Feminina Consuelo Nasser no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. A partir de perguntas a respeito dos valores e do próprio aprisionamento dessas pessoas, foi possível perceber e reconhecer a prisão de mulheres como mais uma forma de violência e manutenção do patriarcado. Característica que não é estranha ao sistema capitalista em todos os momentos de sua existência. Portanto, esta pesquisa nos mostra a impossibilidade de romper com a situação de barbárie em que sobrevivem os indivíduos encarcerados em nosso país, especialmente as mulheres. A ligação entre indústria do encarceramento, neoliberalismo, patriarcado e justiça apenas confirma que o Estado Moderno, como analisou Marx no século XIX, é o comitê executivo da burguesia.