Distribuição espacial da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana em gestantes do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dutra, Patricia Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Hiv
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83347
Resumo: <div style="">Objetivou-se analisar a distribuição espacial dos casos notificados de gestantes com HIV no Estado do Ceará, no período de 2007 a 2014. Estudo ecológico transversal, com ênfase na análise espacial. Os dados foram provenientes das fichas de notificação de gestante com HIV no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Trabalhou-se com variáveis sociodemográficas e relacionadas a assistência pré-natal. Os dados foram coletados de agosto a setembro de 2016. Foi realizado uma análise univariada e bivariada dos dados, aplicado qui-quadrado e razão de chance para medidas de associação, e calculados os coeficientes de correlação. Delimitaram-se microrregiões de saúde como unidades de análise. Foram notificados 1.382 casos de gestante com HIV entre 2007 e 2014, cuja faixa etária variou de 14 a 47 anos, com média de 26,56 anos (dp: +/- 6,1). A maioria era de raça/cor parda (73,4%), escolaridade de Ensino Fundamental II (36,4%). Foi observado um crescimento da epidemia entre as gestantes do Ceará (R²= 0,4421) no período em estudo. A realização do exame laboratorial anti-HIV concentrou-se no período gestacional (51,01%), a notificação dos casos ocorreu no 3º trimestre para 58,18% das gestantes. A maioria das gestantes (88,6%) tinha realizado o pré-natal e 63,97% fizeram uso da TARV durante a gestação. Predominou o parto cesáreo (64,33%) e 71,20% receberam a TARV durante o parto. Entre os recém-nascidos expostos ao HIV 75,76% receberam a TARV com menos de 24 horas. A infecção pelo HIV entre as gestantes está concentrada na microrregião Fortaleza com até 53,8%, seguida das microrregiões de Caucaia, Maracanaú e Sobral. O Índice Global de Moran apresentou uma correlação espacial positiva (I = 0,422941). A análise realizada resultando na construção do Box Map e do Lisa Map apontou significância para a região: Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Tauá, Crato e Cascavel. Conclui-se que a gestante com HIV tem baixa escolaridade e raça parda. O diagnóstico laboratorial é tardio, concentra-se no pré-natal e não permite o planejamento da gestação. O uso da TARV durante a gestação e o parto é realizado pela maioria das gestantes, mas essas informações estão subnotificadas. Há tendência de interiorização dos casos e os locais que concentram o maior número de casos apresentam falhas na captação precoce das gestantes para o pré-natal e prevenção da TV.&nbsp;</div><div style="">Palavras-chave: Gestante. HIV. Análise especial. Enfermagem.</div>