Psicologia, trabalho e saúde: um estudo sobre a atuação dos psicólogos no campo da saúde do trabalhador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ferreira, Mara Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=48076
Resumo: Este estudo investiga as práticas dos psicólogos do trabalho voltadas para a promoção da saúde dos trabalhadores, com o objetivo de identificar as atividades desenvolvidas por eles na amenização do sofrimento dos trabalhadores e para a promoção da saúde no trabalho. Além disso, vêm atualmente contribuindo para a promoção do bem-estar dos trabalhadores. A investigação, de natureza quanti-qualitativa, foi realizada com psicólogos que atuam em organizações no Ceará. Os dados foram coletados pela aplicação de questionário, enviado pela internet para os psicólogos inscritos no Conselho Regional de Psicologia do Ceará (CRP11), e por meio de entrevistas semi-estruturadas com cinco profissionais da área. No estudo quantitativo, verificou-se que 56,7% dos pesquisados relatam realizar atividades voltadas para a promoção da saúde e prevenção do adoecimento no trabalho. Em relação à qualificação dos psicólogos investigados, dos 56,7% que atuam em saúde do trabalhador, 60% afirmaram possuir capacitação nesta área. As entrevistas revelaram que o psicólogo não tem a saúde do trabalhador como prioridade na sua atuação profissional. Embora conheçam as principais teorias, o tema saúde do trabalhador parece obscuro para estes profissionais que não foram capacitados para realizar uma leitura crítica sobre tal questão. Desta forma, as ações desenvolvidas na área enfocada se mostraram insuficientes. Este quadro se deve, provavelmente, a falhas na formação, à acomodação dos profissionais, a uma visão excessivamente empresarial e à falta de articulação da categoria para viabilizar troca de informações e conhecimentos. A preocupação com a saúde física mostrou-se prioritária para os psicólogos em detrimento da saúde mental. Os Psicólogos do trabalho utilizam de maneira acrítica modelos e estratégias de ação em saúde na forma de programas pontuais, sem terem consciência do impacto e das repercussões que estes exercem sobre os sujeitos. Palavras-chave: saúde do trabalhador, psicologia organizacional, saúde ocupacional, trabalho.<br/>