Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
SILVA, EVANDRO NASCIMENTO DA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFC- UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83845
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Resumo: |
RESUMO<br/>Neste trabalho foram estudados vários mecanismos fisiológicos, como o ajustamento osmótico, a fotossíntese, incluindo trocas gasosas e parâmetros de fluorescência da clorofila, além das respostas oxidativas em plantas de pinhão-manso (Jatropha curcas L.) submetidas a diferentes estresses abióticos, como: salinidade, seca e temperatura elevada. O primeiro experimento visou o estudo dos efeitos das concentrações de NaCl (0, 25, 50, 75 e 100 mM) no acúmulo dos íons (Na+, Cl- e K+), e em algumas variáveis de crescimento, bem como avaliou o estado hídrico e os principais solutos (orgânicos e inorgânicos) envolvidos no ajustamento osmótico de plantas de pinhão-manso sob esta condição estressante. Plantas de pinhão-manso se mostraram sensíveis ao estresse salino, mostrando uma redução de 50% na massa seca com uma concentração estimada de 47 mM de NaCl durante 15 dias. Esta sensibilidade deve-se, principalmente, a uma grande acumulação de Na+ e Cl- nas folhas, associada com uma grande redução na concentração de K+. Por outro lado, plantas de pinhão-manso foram capazes de se ajustar osmoticamente à salinidade devido a uma intensa redução no potencial osmótico e aumento do estado hídrico das folhas, principalmente nos níveis mais elevados de NaCl. Dentre os solutos estudados, observou-se que os íons salinos Na+ e Cl- contribuíram com a maioria do ajustamento osmótico, enquanto que a contribuição do K+ foi diminuída intensamente pelo NaCl. A glicina-betaína comparada à prolina, foi muito mais importante para o ajustamento osmótico de folhas de pinhão-manso. O segundo experimento avaliou a resistência do aparato fotossintético de plantas de pinhão-manso submetidas a diferentes tempos de exposição (7 e 14 dias e após recuperação de 3 dias) ao estresse salino (100 mM de NaCl). As mudanças causadas sobre a atividade fotoquímica e as trocas gasosas foram avaliadas em função da acumulação de Na+ e Cl- e da diminuição da relação K+/Na+ nas folhas. Após sete dias de tratamento ficou evidente uma maior ação de efeitos osmóticos. Contudo, após 14 dias de tratamento, os efeitos iônicos causados pela acumulação excessiva dos íons Na+ e Cl- e pela intensa redução na relação K+/Na+ nas folhas, provocaram danos permanentes na fotossíntese tanto devido a limitações estomáticas quanto não-estomáticas. O terceiro experimento visou estudar os efeitos comparativos dos estresses salino (50 mM de<br/>xiv<br/>NaCl) e hídrico (induzido por PEG 6000 com potencial osmótico correspondente ao da solução salina) na fotossíntese, relações hídricas e crescimento de plantas de pinhão-manso. Os efeitos do estresse hídrico induzido por PEG no crescimento foliar, vazamento de eletrólitos e trocas gasosas foliares foram mais deletérios do que os causados pelo NaCl. Nos dois estresses foi observada perda na assimilação de CO2 foliar devido tanto a fatores estomáticos quanto não estomáticos. Todavia, eles não foram capazes de afetar os parâmetros de fluorescência da clorofila. O quarto experimento avaliou a contribuição relativa dos solutos orgânicos e inorgânicos no ajustamento osmótico de folhas e raízes de pinhão-manso sob diferentes níveis de restrição hídrica. Dentre os solutos analisados, o K+ e os açúcares solúveis foram os mais envolvidos no ajustamento osmótico tanto em folhas quanto em raízes. Outros solutos, como Na+, Cl-, aminoácidos livres totais e glicina-betaína, também apresentaram um efeito na redução do potencial osmótico em ambos os órgãos. Por outro lado, o conteúdo de prolina nas folhas, embora tenha aumentado significativamente, não foi suficiente para promover uma participação efetiva desse aminoácido no ajustamento osmótico de plantas de pinhão-manso. O mesmo experimento também visou observar os efeitos isolados e combinados do estresse hídrico e da temperatura elevada na fotossíntese e avaliar o sistema de defesa contra danos oxidativos em plantas de pinhão-manso. O aparato fotossintético se mostrou mais sensível aos efeitos isolados da seca do que o do calor, sendo que a combinação deles proporcionou efeitos deletérios maiores neste complexo. Adicionalmente, os danos oxidativos também foram mais marcantes na combinação dos estresses. No geral, os resultados mostram que plantas de pinhão-manso, embora apresentem capacidade de se ajustar osmoticamente à salinidade e seca, tem seu aparato fotossintético bastante afetado nessas condições estressantes. Assim como, o sistema de defesa contra danos oxidativos parece não ter sido eficiente em plantas expostas aos estresses isolados e combinados de seca e calor.<br/>Palavras-chave: Jatropha curcas. Estresse hídrico. Estresse salino. Calor. Estresse combinado. |