Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Rondon, Fernanda Cristina Macedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=69066
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Resumo: |
A ausência de resultados efetivos no controle da Leishmaníase Visceral (LV) incentiva a pesquisa por novas alternativas que possam ser efetivas no combate a esta doença. Assim, o objetivo deste estudo foi desenvolver fitoterápicos para o tratamento da LV. Das plantas Aloe vera, Coriandrum sativum e Ricinus communis foram obtidos 3 extratos brutos. Do extrato bruto foi obtida uma fração clorofórmica, uma fração acetato de etila e uma fração metanólica. Além disso, foram obtidos óleos essenciais de C. sativum e Lippia sidoides e o óleo-resina de Copaifera reticulata. Na primeira etapa, os produtos naturais foram avaliados sobre as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania chagasi e citotoxicidade sobre células monocíticas de murinos RAW 264.7. Por meio dos testes in vitro determinou-se o valor da CI50 de cada fração/óleo sobre promastigotas e amastigotas de L. chagasi a partir do teste MTT e pelo imunoensaio ELISA in situ, respectivamente. Na segunda etapa foram selecionados a fração e o óleo com maior eficácia in vitro e menor citoxicidade para uso terapêutico in vivo. No teste in vivo hamsters foram infectados intraperitonealmente por 1x107 promastigotas/0,1mL PBS 1x de L. chagasi e os animais foram divididos em sete grupos com 10 animais em cada. A confirmação da infecção foi feita 30 dias após a inoculação experimental, dois animais/grupo foram eutanasiados e foram coletadas amostras de baço e fígado para realização das análises de imprints e histopatológico. O tratamento dos animais durou 30 dias consecutivos, mas todo o experimento durou 90 dias. O óleo e a fração foram administrados em duas doses 100mg/kg e 50mg/kg. O controle positivo usou 20mg Sbv /kg de antimoniato de meglumina (Glucantime® ); controle negativo foi de animais infectados que não receberam tratamento e o último grupo era apenas de animais sadios. Após 15 dias de tratamento (D45) dois animais e no 30o dia pós-tratamento (D90) seis animais por grupo foram eutanasiados e amostras do fígado e baço foram coletadas para análise. O óleo-resina de C. reticulata e a fração acetato de etila de R. communis foram os mais eficientes com valores de CI50 sobre promastigotas de 7,88 e 3,45 µg/mL e contra amastigotas de 0,52 e 17,28 µg/mL. Nenhum produto natural diferiu do controle positivo pentamidina (CI50 de 0,17 23,11 µg/mL) contra promastigotas e anfotericina B (CI50 de 0,08 51,87 µg/mL) em amastigotas. Com relação a citotoxicidade o óleo-resina de C. reticulata e a fração acetato de etila de R. communis não evidenciaram efeito tóxico. Nos testes in vivo, o histopatológico esplênico sugere que nos animais tratados houve uma resposta imune celular estimulada. No fígado os sinais mais óbvios observados foram focos inflamatórios com formações granulomatóides. Focos de hemorragia foram mais evidentes no grupo dos animais infectados e não tratados. Todos os tratamentos reduziram a carga parasitária esplênica e hepática e o efeito foi dose-dependente. Estes resultados sugerem que os produtos naturais obtidos de C. reticulata e R. communis podem ser eficazes para o tratamento da LV, embora novos testes são necessários para avaliar os possíveis mecanismos de ação. Palavras-chave: Produtos naturais. Leishmaníase visceral. Tratamento alternativo. Hamster. |