Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
ABREU, KLAUSEN OLIVEIRA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84765
|
Resumo: |
<span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal; white-space: pre;"> </span><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal e devido a sua característica de anfifilicidade pode entrar em qualquer compartimento ou fluido corporal. Esse hormônio desempenha diversas funções no organismo, dentre elas: regulação do ciclo circadiano e ação inibitória sobre as correntes de cálcio dependentes de voltagem. A melatonina pode exercer seus efeitos por meio de seus receptores ou atravessando a membrana plasmática e atuando no meio intracelular. Embora haja relatos da ação da melatonina em diversos sistemas, poucos dados mostram sua atuação no sistema nervoso periférico, sobretudo no gânglio da raiz dorsal (GRD), que é uma importante estrutura da fisiologia sensorial. Devido a sua atuação em diversos tecidos, além de apresentar efeito inibitório sobre correntes de cálcio dependentes de voltagem no GRD, decidimos investigar o efeito da melatonina sobre a excitabilidade dos neurossomas do GRD de ratos. Para tal foram utilizados ratos Wistar machos com massa corpórea compreendida entre 200-300 gramas. Após o sacrifício, por inalação do CO2, foram dissecados os GRDs localizados nos segmentos lombares L4 e L5, que foram imediatamente acondicionados em solução de Locke modificada. Para avaliar o efeito da melatonina sobre o potencial de ação (PA) foi utilizada a técnica do microeletrodo intracelular. Foi observado o efeito da melatonina nas concentrações de 1, 10, 100 e 1000 nM. A melatonina desempenha dois efeitos distintos: em determinadas células o PA é bloqueado de maneira reversível, enquanto em outras não há bloqueio, mas há alteração dos parâmetros ativos e passivos da membrana. O bloqueio do PA nas concentrações de 1, 10, 100 e 1000 nM foi de, respectivamente, 7, 13, 24 e 33 % sugerindo uma dependência de concentração. Nas células bloqueadas, foi observado um aumento da resistência de entrada (Rin) e uma hiperpolarização do potencial de repouso (PR) nas concentrações de 100 e 1000 nM, sugerindo que o bloqueio do PA ocorreu em consequência da hiperpolarização. Nas células em que não houve bloqueio, foi observado também uma hiperpolarização do PR, aumento da Rin e aumento da reobase. Além disso, foram observadas alterações nas propriedades ativas: amplitude do PA, duração do PA e inclinações máximas nos ramos ascendente e descendente do PA. Visando determinar se o GRD apresenta os genes que codificam os receptores de membrana MT1 e MT2 foi utilizada a técnica de PCR quantitativo. Encontramos que o tecido expressa o receptor MT1. Essa expressão apresenta uma variação circadiana, estando presente em maior densidade no ZT3. Assim, sugere-se que o efeito desempenhado pela melatonina nesse tecido ocorre por meio da ligação ao seu receptor de membrana MT1, desencadeando um via de segundos mensageiros, que culmina na inibição da corrente de Na+. Palavras-chave: Melatonina. Excitabilidade neuronal. Gânglio da raiz dorsal. Eletrofisiologia.</span></font> |