Análise dos parâmetros eletrofisiológicos do nervo ciático e gânglio da raiz dorsal decorrentes de um período de imobilização das pata traseira direita de ratos diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Alves, Jamille Soares Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=62699
Resumo: Diariamente, milhares de pessoas passam por limitações físicas provisórias decorrentes da imobilização de alguma parte de seu corpo, podendo resultar numa alteração de sua função orgânica normal. Entretanto, esta situação poderá agravarse quando o paciente for diabético, devido a alterações metabólicas e do sistema nervoso motor e sensitivo. Neste contexto, o presente estudo tem com objetivo de caracterizar a interação imobilização/diabetes experimental, avaliando os parâmetros eletrofisiológicos do nervo ciático (NC) e do gânglio da raiz dorsal (GRD), os quais podem contribuir para um melhor entendimento da interação imobilização/diabetes. Utilizou-se 56 Rattus novergicus (Wistar), machos, com oito semanas de idade, com massa corpórea 200-320 g. Os animais foram distribuídos em quatro grupos experimentais: Controle (n=15), Imobilizado (n=16), Diabético (n=11) e Diabético Imobilizado (n=14), sendo a Diabetes Mellitus induzida com estreptozotocina 65 mg/kg. Para os grupos imobilizados o membro posterior direito foi imobilizado por duas semanas com esparadrapo impermeável. O NC e GRD, ambos direito, foram dissecados e mantidos a temperatura entre 18 a 22ºC numa solução nutridora Locke com pH ajustado para 7,4±0,1. Para os registros eletrofisiológicos do NC, utilizou-se a técnica extracelular. Obteve-se uma redução da 1ª componente e um aumento da 2ª componente do potencial de ação composto da fibra do nervo ciático para os grupos imobilizados, diabéticos e diabéticos imobilizados comparados com o grupo controle. Sugerindo um comprometimento das fibras motoras decorrentes das alterações da imobilização e da diabetes, e um aumento das fibras sensitivas por alteração da excitabilidade. A redução da velocidade de condução nervosa do NC, possivelmente, deve-se pela degeneração axonal das fibras mielinizadas de menor diâmetro e pelo período adaptativo funcional em reorganizar esta velocidade durante a imobilização. Para os registros eletrofisiológicos do GRD, utilizou-se a técnica do microeletrodo intracelular (Current Clamp). Mostrando que a imobilização juntamente com a diabetes de uma maneira geral resultou em uma tendência a aumento da excitabilidade que possivelmente deva-se a uma diminuição da condutância ao potássio. Verificou-se também um aumento da resistência de membrana e diminuição da dV/dT ascendente e dV/dT descendente. Devido a não alteração do potencial de repouso, sugere-se que a alteração da excitabilidade se deva principalmente ao bloqueio da corrente M de potássio. Palavras–chave: Imobilização, Diabetes, Nervo Ciático, Gânglio Raiz Dorsal, Potencial de Ação Composto