Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Marcilia Maria Soares Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86938
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Resumo: |
O presente trabalho versa sobre a inclusão de pessoas com deficiência. Esse tema é relevante porque a inclusão é um desafio vigente na sociedade e tem seus pressupostos ancorados na expressão paradigmática sociedade para todos (ONU, 1990), na perspectiva da sociedade inclusiva. O estudo focaliza a inclusão no Ensino Superior, a partir da percepção que os jovens com deficiência têm da atuação da política de inclusão viabilizada pelo Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne), do Instituto Federal de Educação do Ceará (IFCE). E levanta a seguinte problemática: como os jovens com deficiência do IFCE percebem a inclusão no Ensino Superior mediada pelo Napne? O objetivo foi perceber a inclusão no Ensino Superior a partir da atuação do Napne na perspectiva dos jovens com deficiência matriculados no IFCE, campus Fortaleza. Esta pesquisa tornou possível compreender como os jovens percebem a inclusão e a acessibilidade através das ações desempenhadas pela equipe que compõe o núcleo e demais servidores envolvidos no contexto acadêmico. O estudo teve uma abordagem qualitativa, sob o paradigma da teoria crítico-fenomenológica, por carregar valores, crenças, atitudes e representações dos jovens (MINAYO, 2015). Foi do tipo estudo de caso e a coleta de dados deu-se por entrevista semiestruturada gravada, transcrita na íntegra, textualizada e validada. A participante da pesquisa foi uma jovem cega, matriculada no curso de Licenciatura em Teatro. Os resultados da pesquisa demonstraram: a) que os dados referentes às pessoas com deficiência matriculadas no IFCE são desprovidos de credibilidade e precisão, por serem resultado de autodeclaração, ou seja, de informações dadas pelos próprios alunos no Sistema Acadêmico da instituição, sem a devida instrução de preenchimento; b) que as expectativas dos discentes com deficiência em relação às ações desempenhadas pelo Napne, quanto à inclusão e acessibilidade, não são atendidas ainda e; c) que a permanência e conclusão com êxito do curso permanece dificultada. A discente participante da pesquisa apresenta dificuldades relativas ao trabalho didáticopedagógico realizado por parte de alguns professores, mas evidencia algum sucesso em práticas adaptadas realizadas por outros docentes, de maneira aleatória, sem que houvesse um direcionamento aos professores. Aponta ainda falhas na informação/compreensão sobre a temática deficiência/inclusão na comunidade acadêmica e os recursos técnicos não apropriados para atender à proposta regulamentada para orientar o Napne. Observa-se que ainda há, por parte da jovem 2 deficiente, uma predisposição a adaptar-se à instituição e não o contrário, divergindo do que pressupõe a política de inclusão. Ao problematizar sobre a inclusão e a atuação do Napne, possibilita-se fomentar a conscientização da necessidade de discutir essa temática no coletivo do IFCE, bem como a importância de desenvolver práticas que promovam o inter-relacionamento e a inclusão, valorizando as diferenças e minimizando as limitações. Palavras-chave: Inclusão. Juventude. Ensino superior. Políticas públicas. |