Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
LIMA, DAVID BARUC CRUVINEL |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88799
|
Resumo: |
A criopreservação do tecido testicular apresenta-se como única alternativa para preservação<br/>do material genético de animais machos pré-púberes, sejam eles humanos, domésticos ou<br/>selvagens que tenham sido submetidos a tratamentos gonadotóxicos ou ido a óbito<br/>precocemente. Entretanto, este campo de pesquisa ainda se encontra em fase de<br/>experimentação para elaboração de protocolos que viabilizem o emprego desta biotecnologia<br/>reprodutiva nos programas de reprodução artificial. Assim, o objetivo geral desta pesquisa foi<br/>avaliar a influência da vitrificação na estrutura, atividade metabólica, composição e funções<br/>celulares do tecido testicular de gatos pré-púberes utilizando diferentes técnicas de<br/>vitrificação, associações de crioprotetores, métodos de aquecimento e condições de<br/>reanimação tecidual. Na etapa 1, pares testiculares obtidos de animais com idade entre 3-5<br/>meses após orquiectomia bilateral eletiva foram divididos em fragmentos de<br/>aproximadamente 1-3mm3. Em seguida, os fragmentos foram avaliados a fresco quanto à<br/>morfologia, o potencial de proliferação celular e viabilidade celular ou alocados em uma das<br/>associações de crioprotetores a serem testadas (dimetilsulfóxido (DMSO) / glicerol (GLI);<br/>etilenoglicol (EG) / GLI ou DMSO / EG) e submetidos à vitrificação por superfície sólida<br/>(VSS) ou em criotubos (VCT). Após aquecimento dos fragmentos em banho maria a 37 °C<br/>durante 1 minuto, os mesmos foram submetidos às mesmas avaliações do grupo controle. A<br/>associação de crioprotetores composta por DMSO / GLI propiciou uma melhor conservação<br/>das estruturas teciduais, assim como a manutenção do potencial de proliferação celular e da<br/>viabilidade celular utilizando a técnica de VSS ou VCT. Na etapa 2, fragmentos testiculares<br/>foram submetidos à VSS utilizando a associação de crioprotetores DMSO/GLI e<br/>posteriormente aquecidos em banho maria a 37 °C durante 1 minuto ou a 50 °C durante 5<br/>segundos. Em seguida, os fragmentos foram mantidos em cultivo in vitro durante 24 horas e 5<br/>dias em uma atmosfera umidificada de 5% de CO2 a uma temperatura de 38,5 °C. Os<br/>fragmentos foram avaliados quanto à estrutura, atividade metabólica, viabilidade,<br/>fragmentação de DNA e composição de células pré-meióticas e meióticas a fresco, após a<br/>vitrificação, 24 horas e 5 dias após o cultivo. Os fragmentos aquecidos a 50 °C durante 5<br/>segundos apresentaram uma melhor qualidade estrutural, assim como elevada atividade<br/>mitocondrial após a vitrificação e 24 horas de cultivo. Ainda, após 5 dias de cultivo, o tecido<br/>testicular aquecido a 50 °C apresentou um elevado índice de células viáveis com DNA<br/>intacto, assim como a manutenção da população de células pré-meióticas e meióticas<br/>necessárias à progressão da espermatogênese. Foi possível evidenciar que o tecido testicular<br/>8<br/>de gatos domésticos pré-púberes consegue manter a qualidade necessária para futura<br/>utilização nos programas de reprodução artificial após ser submetido à vitrificação e cultivo in<br/>vitro. Ademais, foram obtidos avanços nos protocolos de vitrificação e aquecimento de<br/>fragmentos testiculares que podem contribuir para um melhor aproveitamento do tecido<br/>testicular de crianças submetidas a tratamentos oncológicos, assim como do material<br/>biológico de espécies felinas mantidos em biobancos.<br/>Palavras-chave: Criopreservação. Crioprotetores. Aquecimento. Testículo. Felino. |