Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
DAMASCENO, SARAH SOARES |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94414
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">As doenças cancerígenas são responsáveis por 13% de todo óbito decorrente de doenças no </span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">mundo. O crescimento é tão vertiginoso, que segundo estimativas, no ano 2020, 70% da carga </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">de doença dos países em desenvolvimento deve advir de doenças do cancro. As consequências </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">poderão ser devastadoras nos aspectos sociais e econômicos, além do âmbito emocional e </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">orgânico, tornando-se um grande obstáculo para o desenvolvimento socioeconômico de países </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">emergentes, como o Brasil. Mesmo com o avanço atual no processo de diagnóstico e </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">terapêutica, essa neoplasia possui grandes limitações no que se refere ao tratamento, pois os </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">atuais agentes supressores têm baixa eficácia, em virtude do mecanismo de ação que as drogas </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">supressoras possuem, produzindo danos ao DNA e mutações, que desencadeiam a formação de </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">outras células neoplásicas. Neste sentido, o conhecimento de princípios ativos que induzam a </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">apoptose apenas de células malignas e seus mecanismos de ação são essenciais para a </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">construção de novas estratégias eficientes. A fim de aprofundar o conhecimento sobre essa </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">temática, investigamos a relação da atividade antioxidante e atividade anticancerígena dos </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">compostos fenólicos, com maior representatividade na sua subclasse: ácidos caféico, seus </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">derivados: cafeato de metila, cafeato de butila e ácido ferúlico. Para maior compreensão de sua </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">ação antioxidante, realizou-se os testes de DPPH, ABTS, FRAP e poder quelante de ferro. O </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">ácido caféico teve maior eficiência antioxidante, frente as demais amostras em estudo, tanto no </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">teste DPPH, com CI50 de 10,05 μg/mL, quanto no ensaio ABTS, com valor da TEAC de 69,19 </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">mM. Já o ácido ferúlico apresentou melhor resposta em ensaio FRAP, cuja capacidade </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">antioxidante foi de 653,46 mM. A ação antitumoral e seletividade dos ácidos hidroxicinâmicos </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">foi realizada por meio da avaliação do potencial citotóxico, pelo método MTT e Sulforrodamina </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">B, nas linhagens tumorais HCT116, NCIH460, PC3, SW620 e na linhagem não neoplásica </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">L929. A resposta, quanto a avaliação citotóxica, demostrou que os derivados de ácido caféico, </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">cafeto de metila e cafeato de butila inibiram a proliferação celular apenas nas linhagens </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">neoplásicas de estudo, tendo a melhor resposta citotóxica, frente a linhagem SW620, com </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">valores de CI50 de 27,93 μg/mL e 13,77 μg/mL para o cafeato de metila e cafeato de butila </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">respectivamente. Portanto, este achado levou a invetigação do mecanismo de ação anticancer </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">do cafeato de butila, na linhagem SW620, atráves da citometria de fluxo. A análise do perfil </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">ciclo celular, das células SW620, tratadas com cafeato de butila, indicou uma parada de ciclo </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">na fase S, a partir da concentração de 60μM. Na análise de dados, pelo dano ao DNA (Sub G1) </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">observou-se um crescente aumento nos níveis de DNA fragmentado < 2n, sugerindo assim, a </span><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ação prooxidante do cafeato de butila, que modula os níveis de EROs em meio celular. Já a </span></font>avaliação da morte celular (anexina V) indicou aumento crescente dos níveis de apoptose inicial e tardia. Estes achados convergiram com a análise do potencial transmembrânico mitocontrial, cuja resposta indicou a despolarização mitocondrial em todas as concentrações de tratamento (30μM, 60 μM e 100 μM) . Portanto, diantes destes resultados pode-se inferir que a ação do cafeato de butila, sobre a célula tumoral SW620, causa dano ao DNA, através das espécies reativas. Logo, sua ação prooxidante promove a inuição de morte celular por apoptose. </div><div style="">Palavras-chave: Ácido cafeico. Ácido ferúlico. Antioxidante. Anticancer.</div> |