Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Carolina Bezerra de Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84939
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Objetivamos neste trabalho discutir a relação entre cultura e experiência corpórea na geração de metáforas primárias. Se por um lado, cultura não envolve aspecto herdado, mas aprendido e adquirido, pelo outro, as metáforas primárias emergem de experiências diretas recorrentes e co-ocorrentes entre domínios conceituais concretos (percepção sensório-motora) e abstratos (resposta a um input sensorial), sendo consideradas, portanto, como elementos universais, ou seja, que detêm pouco ou quase nenhum aspecto cultural. Entretanto, conforme levanta Lima (1999), exatamente porque envolvem respostas a aspectos perceptuais, as metáforas primárias, ou algumas delas, podem receber graus de influência cultural maiores do que temos sido levados a crer, pois a percepção dessas experiências recorrentes e co-ocorrentes podem não ser percebidas da mesma maneira em todas as culturas. Dessa forma, essas mesmas experiências poderiam gerar metáforas primárias semelhantes, ligeiramente diferentes e até mesmo totalmente diferentes em cada língua. Em busca de respostas a esses questionamentos, traçamos uma revisão bibliográfica da Linguística Cognitiva sobre conceitos e aspectos cognitivos, biológicos e culturais da linguagem e da metáfora primária: Grady (1997); Lakoff & Johnson (1980); Lakoff (1987, 1990); incluímos estudos críticos sobre os aspectos culturais da linguagem: Croft e Cruse (2004) e Feltes (2012), e sobre a relação metáfora primária e cultura: Gibbs (1997, 1999) e Resende (2007); descrevemos estudos que apontam conceitos envolvendo metáfora e cultura: Kovecses (2002, 2005, 2007) e Yu (2008); e, por fim, apresentamos sinteticamente partes de estudos empíricos com metáforas primárias em culturas diferentes e em mesmas culturas: 1- RAIVA É CALOR em chinês e inglês, 2- DIFICULDADES SÃO PESOS em português brasileiro e inglês americano, 3- BOM É CLARO/ RUIM É ESCURO em português brasileiro falado por sem-terra, agricultores e urbanos. Constatamos que os graus de variação cultural na metáfora primária dependem: a- de aspectos expressos no domínio conceitual fonte dos mapeamentos metafóricos, os quais, apesar de serem aparentemente universais como objetos e coisas de nível básico parecem ser aprendidos e, portanto, culturais; b- da focalização das experiências corpóreas embasada na questão subjetiva e perceptual inerente à experiência; c- da preferência cultural originada tanto nas experiências histórico-culturais, quanto na experiência físico-cultural e nos modelos cognitivos e culturais. A revisão bibliográfica da Linguística Cognitiva sobre os três elementos, objetos de nosso estudo, nos proporcionou uma visão ampla e comparativa do que vem sendo tratado sobre a relação metáfora primária-cultura-experiência corpórea. A pesquisa mostrou-se contribuir com a elaboração de estudos mais aprofundados sobre a influência da cultura na interpretação de mapeamentos metafóricos e na emergência de metáforas primárias.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Linguística Cognitiva. Metáfora Primária. Cognição. Cultura. Experiência corpórea.</span></font></div> |