Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Brito, Angela Thais Da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=104820
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Resumo: |
O objetivo deste estudo é investigar os aprendizados decorrentes das reverberações histórico-políticas constituídas no âmago dos movimentos sociais do campo atuantes na luta por terra e pela Reforma Agrária, precisamente no Acampamento Zé Maria do Tomé, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), situado na região da Chapada do Apodi - Ceará. A pesquisa, de cunho qualitativo, tem uma vertente empírica tendo como lócus o Acampamento Zé Maria do Tomé, assim como a participação nos momentos de formações e de lutas, bem como a realização de entrevistas semiestruturadas através das plataformas virtuais denominadas Google Meet e WhatsApp, devido às recomendações de isolamento social para a contenção da disseminação da Covid-19. Apresentam-se como categorias fundamentais para acercar o objeto, a educação popular, com seu caráter crítico e de classe, e os movimentos sociais presentes nas lutas do campo. Para tanto, ampara-se à luz dos estudos de Brandão (2012), Freire (2016), Gohn (2006), Streck (2006), dentre outros. Para compreender a práxis educativa e a organicidade dos movimentos sociais, sobretudo o MST, recorre-se aos escritos de Barbosa (2015), Caldart (2012), Carvalho (2006), Carvalho e Mendes (2014), Carvalho e Pio (2017). Quanto às questões que envolvem o lócus de investigação, bem como os processos de luta presentes na região, acrescentam-se ao acervo teórico, as leituras de Freitas (2010), Mendes e Carvalho (2014), Mendes, Carvalho e Freitas (2015), Rigotto (2011), dentre outros. Constatou-se na pesquisa que os/as camponeses/as Sem Terra passam por um processo de (trans)formação intimamente ligado à humanização e ao fortalecimento de suas consciências políticas, concomitante à construção de uma coletividade inerente a uma nova forma de ser e agir sobre o mundo. Destarte, romper as cercas de um latifúndio possibilita aos Sem Terra uma nova alternativa de vida, na qual buscam sanar suas necessidades de sobrevivência, a começar pelo direito à terra, ao passo que se consolida uma nova forma de agir e pensar, amparadas na autonomia, no coletivo, na politicidade e na conscientização apontando para novas formas de organização política, e temas emergentes com destaque para a produção agroecológica, as questões de gênero e a solidariedade de classe. |