Ciencia e Religiao em Jacob Levy Moreno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Sousa, Francisco Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=43672
Resumo: A presente Monografia trata da obra socionomica de Jacob Levy Moreno e suas relaçoes e interaçoes com a ciencia e areligiao. Para atingir tal objetivo procurou-se fazer uma revisao historica das condiçoes em que foi gerada a Ciencia moderna e os acontecimentos que levaram a separaçao entre Ciencia e Religiao, em especial o julgamento de Galilleo Galilei e a filosofia de Descartes subjacentes a ciencia nascente. Nas condiçoes vigentes a epoca nao seria possivel a construçao de uma nova ciencia sem o rompimento entre ciencia e religiao. Esta caracetristica fundamental da ciencia moderna - sua laicidade ou secularizaçao - foi a partir de Laplace, tomada como ateia. Por outro lado, a obra de Espinosa levou a identificaçao de Deus com a natureza, resolve a favor do imanentismo o antigo dualismo que contrapunha o imanente ao transcendente. A afirmaçao da unidade substancial do ser, Deus sive Natura, leva imediatamente a afirmaçao de uma ontologia, mas tamberm a afirmar a radical imanencia e unicidade do ser, como ser natural e sensivel, nas ontologias feeubarquiana e marxiana. O positivismo do seculo XIX leva ao extremo o uso da ciencia tornando-a o parametro da Razao e os demais conhecimentos o simbolo do atraso. Com isso da-se o surgimento do cientificismo, o dogma cientifico dentro da Ciencia que o havia combatido em seu surgimento. Moreno tenta conciliar ciencia e religiao em sua obra marcadamente voltada a pessoa humana como co-criador. O ser humano apresentado por Moreno e um ser iluminado e nao um ser decaido. Epistemologicamente Moreno faz da religiao sua base de criaçao cientifica, numa epoca em que ciencia e religiao eram inimigas. Mostra ele que e possivel fazer aplicaçoes quantitativas numa ciencia social sem esquecer o qualitativo, coisa que a ciencia moderna jogou fora levando juntamente com ele o proprio ser humano que ficou com suas qualidades fora da especificidade cientifica da modernidade.