Educação, trabalho e resistência da agricultura familiar camponesa na Chapada do Apodi - Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Maria José Alves de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83043
Resumo: <div style="">As transformações ocorridas no mundo nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, decorrentes do processo de globalização, caracterizadas pela reestruturação produtiva com base na acumulação flexível e no avanço das relações capitalistas no campo, vêm impactando nos espaços rurais e consequentemente, na agricultura familiar camponesa. O presente trabalho teve como objetivo analisar os processos de formação/educativos constituídos na prática de resistência dos(as) agricultores(as) camponeses(as) frente às novas tecnologias no contexto com o agronegócio na Chapada do Apodi, município de Limoeiro do Norte, Ceará, no período de 2000 a 2015. Como forma de aproximar-se do objeto a investigação de cunho qualitativo, se desenvolveu em várias fontes. Na pesquisa documental, foram analisados documentos, projetos e leis concernentes à problemática, tanto no âmbito municipal, como estadual e federal. Os estudos bibliográficos voltaram-se para categorias como agricultura familiar e camponesa, fundamentando-se em Martins(1995), e Wanderley(2009), sobre o processo de globalização e mundialização do capital foram consultados Ianni(1997), Bauman(1999), Chesnais(1996), para reestruturação produtiva e impactos na agricultura no Ceará e na Chapada do Apodí, foram consultados Elias(2002), Carvalho(2014), Mendes(2014), Rigotto(2011), e Freitas(2011), e para compreensão dos aspectos educativos nas ações dos movimentos sociais nos apoiamos em Glória Gohn(2011). Os dados empíricos foram coletados através de entrevistas, conversas informais e observação participante, com agricultores(as), representante do STTR, e participantes de movimentos sociais. Estes dados demonstram a expropriação e exploração do território camponês da Chapada do Apodí, pelo agronegócio, através do uso de tecnologias convencionais com impactos danosos ao meio ambiente e à saúde humana, e das formas de organização da produção na exploração da força de trabalho da agricultura familiar camponesa. Os dados demonstram também que no contexto de disputa com o agronegócio, a agricultura familiar camponesa em articulação com o Movimento 21, e com outros sujeitos individuais e coletivos, desenvolvem práticas educativas em espaços como seminários, audiências públicas, marchas, e através de suas práxis constroem estratégias de enfrentamento ao modelo do agonegócio, e propõem um outro modelo de desenvolvimento baseado em outras relações políticas, de produção e com a natureza, numa dinâmica de luta pela terra e pela sua reprodução social.&nbsp;</div><div style="">Palavras-chave: Reestruturação produtiva. Agronegócio. Agricultura familiar camponesa. Resistência</div>