Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
LEITE, LAURA HÉVILA INOCENCIO |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86304
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Resumo: |
Vanillosmopsis arborea Baker tem reconhecido valor econômico devido ao alto teor de<br/>(-)-α-bisabolol (BISA) no óleo essencial do seu caule (OEVA). O efeito antinociceptivo<br/>de OEVA já foi demonstrado, no entanto as características físico-químicas da maioria<br/>dos óleos essenciais limitam sua aplicabilidade clínica. Este estudo desenvolveu,<br/>caracterizou e avaliou o efeito antinociceptivo orofacial de complexos contendo OEVA<br/>em roedores. OEVA foi obtido e os compostos majoritários identificados. Foram<br/>desenvolvidos complexos com β-ciclodextrina (βCD) usando as técnicas de mistura<br/>física (MF), malaxagem (MA) e co-evaporação (CE) que foram caracterizadas por<br/>Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Termogravimetria Derivada (TG/DTG) e<br/>Espectrofotometria de Absorção no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR).<br/>Camundongos Swiss (n = 6/grupo) foram tratados, via oral, com OEVA (50 mg/kg),<br/>βCD-OEVA (10 ou 50 mg/kg) ou veículo (controle; 10 mL/kg) e submetidos aos testes<br/>de nocicepção orofacial cutânea (formalina, capsaicina, salina ácida ou glutamato) ou<br/>corneal (salina hipertônica). Ratos Wistar (n = 6/grupo) receberam os mesmos<br/>tratamentos e foram submetidos ao teste de nocicepção temporomandibular induzida por<br/>formalina. A expressão de proteína FOS foi analisada na medula espinhal. Foi realizado<br/>docking molecular entre BISA e os receptores 5-HT3 e M2. BISA (98 %) foi detectado<br/>no OEVA. Curva DSC do OEVA apresentou três eventos endotérmicos assim como<br/>βCD seguido de um evento exotérmico e posterior etapa de decomposição. TG/DTG<br/>mostrou que a maior fração do OEVA volatilizou até 173 °C. No espectro de absorção<br/>do OEVA observa-se banda na faixa de 3650 3100 cm-1 correspondendo à ligação do<br/>grupamento alcoólico presente na estrutura de BISA. Infere-se complexação do óleo na<br/>cavidade da βCD pelo método da CE. βCD-OEVA reduziu os comportamentos<br/>nociceptivos e a expressão de proteína FOS. O estudo de docking molecular indicou que<br/>o BISA interagiu com os receptores 5-HT3 e M2. Os resultados indicam que a<br/>conjugação com βCD melhorou o efeito antinociceptivo orofacial de OEVA, efeito este<br/>relacionado a uma modulação dos receptores 5-HT3 e M2, sugerindo que esse complexo<br/>pode ser usado no desenvolvimento de fármacos analgésicos.<br/>Palavras-chave: Vanillosmopsis arborea, óleo essencial, β-ciclodextrina, dor orofacial. |